Entre os acusados há um secretário municipal (cujo nome a PF ainda não divulgou), fazendeiros fornecedores de gado, um advogado, um gerente e um ex-gerente de instituições financeiras. As buscas ocorrem em João Pessoa, Sousa e Pombal. Pessoas usadas como “laranjas” também foram identificadas. A PF informou que, por conta das fraudes, os bancos decidiram adotar critérios mais rígidos para a concessão de financiamentos e que os créditos do Pronaf estariam suspensos devido à alta inadimplência ligada ao esquema criminoso.
De acordo com a PF, um dos líderes do esquema estaria ameaçando funcionários do Banco do Nordeste. Durante todo o dia, os presos serão interrogados pela Polícia Federal e a documentação apreendida será analisada.
A investigação começou em 2007 e teve o apoio técnico de instituições financeiras que detinham grande quantidade de provas contra os acusados. O prejuízo, até o momento, foi estimado em R$ 5,5 milhões, mas, segundo a PF, pode chegar a dezenas de milhões.
Os financiamentos sob suspeita serão investigados. Os titulares de financiamentos fraudulentos que se apresentarem à Polícia Federal voluntariamente ? antes de serem convocados ? poderão prestar esclarecimentos. Denúncias e apresentações de beneficiários envolvidos em fraude poderão ser feitas à delegacia da PF em Patos.