Em nota, a Fundação Nacional do Índio (Funai) informa que ainda falta concluir a contagem de desocupação da comunidade de Posto da Mata, onde ocorreram diversos conflitos. Mas que a área está praticamente deserta, faltando apenas a saída de algumas famílias que estão desmontando suas casas e retirando seus pertences. A justiça havia determinado a saída dos fazendeiros até a última sexta, dia 4.
A comunidade de Posto da Mata, localizada a mil quilômetros de Cuiabá, é um dos principais focos de resistência de não índios que ocupam a área que pertence aos xavantes. Devido à ordem de desocupação, um grupo de fazendeiros e trabalhadores rurais organizou manifestações e chegaram a bloquear rodovias.
As famílias retiradas da área estão sendo cadastradas em programas de reforma agrária com vistas ao reassentamento. O Incra realizou cerca de 220 cadastros para análise de perfil das famílias. Destes, 175 estão homologados.
De acordo com a nota, as famílias serão realocadas no Assentamento Santa Rita, no município de Ribeirão Cascalheira (MT), e terão os mesmos benefícios que as famílias já assentadas, tais como crédito inicial e assistência técnica. O assentamento tem capacidade para 570 famílias.
As famílias também poderão ser assentadas no município de Alto da Boa Vista (MT), com base no Projeto de Assentamento da modalidade Casulo. O projeto tem cerca de 300 lotes, mas ainda está em fase de implantação. A previsão é que as famílias da comunidade de Posto, com perfil para assentamento, serão direcionadas para este local.
A força-tarefa do governo federal para cumprimento do mandado de desocupação da TI Marãiwatsédé é composta por representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional e do Exército.