A criação da BR Foods é vista com preocupação pelos pequenos produtores do Rio Grande do Sul. Segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag), eles temem os resultados da fusão.
? Entre os produtores há uma intranquilidade. Eles não sabem a quem vão pertencer, qual é a política da empresa que vai comprar, que vai seguir a partir daí. Ele não está sabendo como vai ser feito esse negócio. Ele não sabe, ele não foi consultado pra esse negócio, nem a representação dos produtores. O que se sabia era através dos meios de comunicação que podia ter essa fusão. E o Cade quando fez esta fusão, não pensou em ouvir o produtor ou chamar a Contag pra ser ouvida. São milhares de famílias que estão com o seu futuro indefinido neste momento ? expõe o vice presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva.
Já em Santa Catarina, a criação da BR Foods foi avaliada como uma possibilidade de crescimento e de estímulo à competitividade.
? O papel do governo é exatamente esse, não participar diretamente dos negócios, mas regulamentar. E se cumprir a lei, nós estamos aí para competir. É claro que se a Sadia e a Perdigão, a BRF, cumprir o que precisa ser cumprido, teremos condições de competir, sem problema nenhum ? relata o presidente da Aurora Alimentos, Mario Lanznaster.
? Ao unir duas grandes empresas, com boas práticas e que trabalham dentro de um sistema de integração, que é um sistema altamente aprovado, nós entendemos que a fusão vai trazer benefícios, vai trazer tecnologia de ponta, vai trazer melhores condições para o produtor. Acreditamos que o produtor vai crescer junto com esta empresa que está se formando, de grande porte ? opina o diretor executivo da Associação Catarinense de Avicultores (Acav), Ricardo Gouveia.