Oposição consegue adiar votação da reforma tributária

Governadores prometem mobilizar bancadas para votar na próxima semanaApós uma reunião de líderes no Congresso, nesta quinta, dia 26, a oposição conseguiu da base do governo simpatia para que o texto da reforma tributária fosse votado só em março do ano que vem. Eles defendem mais tempo para um consenso sobre o texto da matéria. Tão logo saiu, a decisão foi levada rapidamente ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo relator da reforma, Sandro Mabel, mas esbarrou nos governadores, que prometeram mobilizar as bancadas para votar a reforma na próxima semana.

A polêmica em torno do texto da reforma tributária não se restringe ao Congresso. O ministro da Fazenda convidou para uma conversa os governadores do Norte e Nordeste. Eles pediram ao ministro apoio para que seja mantida, no texto, a cobrança de 2% de alíquota de ICMS na origem dos produtos e o restante no destino. Mas os estados do Sudeste defendem uma alíquota de 4%.

Para o setor produtivo, os ajustes precisam ser feitos o mais rápido possível para que a reforma seja votada logo. Em encontro com Mantega, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, defendeu a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre todos os produtos.