Tão logo a sessão do Senado foi aberta, o senador Mão Santa leu o documento que adiava até 13 de janeiro do ano que vem os trabalhos da CPMI.
? Com base no artigo 152 do Regimento Interno do Senado Federal, a prorrogação do Prazo de duração da CPMI destinada a apurar as causas ? disse Mão Santa.
Porém, os parlamentares contrários às investigações tentaram evitar a manobra.
? É preciso verificar se a Comissão de Constituição e Justiça considera se está prejudicada a leitura do relatório do pedido de prorrogação da CPMI do MST ? defendeu o senador Eduardo Suplicy.
Enquanto isso, na ala das Comissões, os ruralistas conseguiam o cancelamento da audiência convocada para votar o relatório final da investigação.
? Não havendo número legal para abertura da sessão, eu não abrirei ? disse o senador Almeida Lima (PMDB-SE), presidente da CPMI.
A oposição entregou na Secretaria Geral do Congresso um pedido de prorrogação da CPMI por mais 180 dias. Os parlamentares afirmam que o tempo extra é necessário para analisar a quebra dos sigilos bancário e fiscal das entidades suspeitas de financiarem o Movimento dos Sem Terra.
? Nenhuma CPI consegue provar nada se não quebrar sigilo bancário, fiscal e telefônico ? declarou o vice-presidente da CPMI, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS)
Porém, o relator, deputado federal Jilmar Tato (PT-SP), não concorda. Para ele, os trabalhos já terminaram.
? Foi feita questão de ordem para a Comissão de Justiça. A comissão só vai se reunir em agosto. A CPMI se encerra agora, dia 17 de julho, então no meu entendimento já está encerrada a CPMI ? disse Tato.
Até a meia-noite desta quarta, dia 14, os parlamentares podem acrescentar ou retirar assinaturas do pedido de prorrogação da CPMI. O número mínimo é de 171 na Câmara e 27 no Senado.