? Este ano já estamos fazendo viagens a alguns países para avaliar as possibilidades de coleta de informações de maneira mais organizada, para poder disseminá-las aos produtores e consumidores ? disse.
Silva informou que está muito otimista com o mercado de café, embora tenha ponderado que não pode fazer previsões sobre o comportamento das cotações do grão, antes de assumir o cargo na OIC. De acordo com ele, a OIC tem papel importante como disseminador de consistentes informações sobre o mercado.
O executivo destacou também que está fora de cogitação qualquer iniciativa que implique política de intervenção no mercado de café para regular preços.
? Não, definitivamente (às intervenções). Estamos falando não ao passado. Temos de olhar para o futuro com novas formas de pensar o mercado cafeeiro, com mais informações para todos os agentes e com mais possibilidades para, juntos, tomarmos decisões ? garantiu.
Robério Silva acrescentou que estudos mostram que no período de 2000 a 2010 o consumo de café tem crescido a taxas de 4,3% em países produtores, 3,8% em países emergentes, como Índia, enquanto o índice é de apenas 1,1% em países tradicionais consumidores. O novo diretor-executivo da OIC considerou que as soluções para as dívidas de países na União Europeia podem trazer boas perspectivas para o café, “melhorando o quadro de demanda nesses países”.
Conforme Robério Silva, falta entendimento no setor privado nacional para conquistar mais espaço no segmento mundial de produto de maior valor agregado (torrado e moído e solúvel).
? Depois desse entendimento, haverá condições de se traçar estratégias para avançar nesse setor ? concluiu.