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Organização mundial do óleo de palma elege brasileiro como diretor

Marcello Brito, do grupo Agropalma, vai integrar o conselho diretor da entidadeDiretor comercial do Grupo Agropalma, maior produtor de óleo de palma da América Latina, o engenheiro de alimentos Marcello Brito foi eleito membro diretor da RSPO Roundtable on Sustainable Palm Oil (Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável). A nomeação, inédita para um brasileiro, aconteceu durante a 6ª Conferência Anual da organização, realizada no final de novembro na Indonésia, e coloca Brito ao lado das maiores autoridades mundiais em óleo de palma, conferindo participação ativa em uma org

A RSPO congrega toda a cadeia produtiva do óleo de palma e interessados, considerando desde o pequeno agricultor até processadores, fabricantes, varejistas, bancos, investidores e ONGs ambientais e sociais, promovendo realmente uma grande mesa redonda acerca do tema. Por meio de processo participativo, a organização já desenvolveu um conjunto de normas, chamado de
Princípios e Critérios, que define as práticas sustentáveis de produção em abrangência mundial, e tem como objetivo uma grande mudança nos métodos de produção do óleo de palma e sua interação com o meio ambiente.

Marcello Brito participa da RSPO desde a sua fundação, em 2004, e foi membro do CGW Criteria Working Group, em conjunto com 25 outros técnicos representando diversos stakeholders, responsável pela elaboração dos princípios e critérios deste movimento internacional. A presença do brasileiro agora em meio à liderança da organização não apenas reitera a filosofia de representação multilateral da RSPO, como evidencia a importância de se promover esforços mais
concentrados na América Latina pela sustentabilidade dentro do setor produtivo do óleo de palma.
   
O desafio de mandato do novo diretor será tentar aplicar as regras da RSPO no Brasil, com o apoio da sociedade civil organizada e dos governos estadual e federal, de forma que não se abracem práticas negativas que venham a impactar na imagem do país.

? A cultura da palma pode ser benéfica ou maléfica à Amazônia brasileira, dependendo dos critérios a serem empregados no seu desenvolvimento ? avalia.

Segundo Brito, é totalmente possível promover o desenvolvimento da cadeia produtiva com base em normas aceitáveis, decentes, favorecendo a recuperação socioeconômica das regiões e tratando de preservar o meio ambiente e sua biodiversidade. Tudo com base em um moderno conceito de socioecologia, que leva em consideração as condições atuais e futuras do ser humano e não utopias e dogmas ecológicos, dialogando com os órgãos governamentais e superando entraves de toda ordem.

? O trabalho é árduo e a quebra de paradigmas necessária, mas nós não desanimamos com os obstáculos até agora encontrados ? afirma.

Matéria-prima versátil para o ramo alimentício, cosmético, têxtil e fonte de biocombustível, o óleo de palma é considerado a maior commodity de óleo vegetal do mundo em produção, com 37 milhões de toneladas/ano, segundo dados divulgados pela Oil World. A Indonésia se destaca como principal produtor e o Brasil responde como maior consumidor na América Latina, com produção localizada em grande parte na região Amazônica. A sustentabilidade no setor é uma
realidade crescente, embora ainda não seja a prática dominante. A estimativa da RSPO indica uma produção mundial de 1,5 milhões de toneladas de óleo de palma sustentável em 2008. As informações partem da Assessoria de Imprensa da RSPO.

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