Dados levantados pela entidade apontam uma curva descendente nas exportações do setor, por conta da desvalorização do dólar. O crescimento no primeiro trimestre deste ano foi de 10,2%, em comparação com o mesmo período no ano passado. Nestas comparações, as importações tiveram alta de 95,7%.
– Se continuarmos assim, o fabricante vai virar importador e deixará de gerar empregos aqui – afirmou Celso Casale, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.
Ainda segundo estimativas da Abimaq, o setor deverá ter altas de 10% a 15% na receita em 2012, mesmo com os problemas cambiais e tributários. O faturamento no ano passado foi de R$ 10 bilhões e, na comparação com o trimestre do ano anterior, a receita vigente cresceu 28,5%, registrando R$ 2,36 bilhões.
O presidente da Agrishow, Maurílio Biagi Filho, fez duras críticas:
– O Brasil não é um país competitivo e isso se tornou um problema sério que precisa ser resolvido – avaliou.
Biagi ainda afirmou que o governador Geraldo Alckmin deverá sancionar hoje o projeto que libera a área do Estado onde ocorre a feira, por 30 anos, para ser utilizada pela Agrishow. O empresário também revelou a intenção de internacionalizar a Agrishow, com a realização de eventos em outros países.
Prevista para as 10 horas, a abertura oficial da feira teve atraso por conta da chuva que atingiu Ribeirão Preto, fechando o aeroporto local. A expectativa é que a Agrishow tenha um público total de 150 mil visitantes até o seu encerramento, no dia 4 de maio.