Não fazia nem uma hora que as portas da feira tinham aberto, e o produtor rural Luiz Augusto Lugato já estava acertando os detalhes da compra de novos tratores para usar nas plantações de cana e laranja em Viradouro, interior paulista. Ele quer aproveitar as condições oferecidas durante o evento para renovar o maquinário.
No stand de outra empresa, que vende equipamentos para pecuária, os vendedores ficaram surpresos com a movimentação já no primeiro dia do evento. A organização estima que a movimentação financeira apresente um crescimento de 15% a 20% nessa edição.
O aumento das vendas na feira deve contribuir para que o setor de máquinas agrícolas como um todo consiga atingir o resultado esperado para esse ano. A Abimaq prevê fechar 2011 com um faturamento de R$ 8,7 bilhões. O que significa vender R$ 1,3 bilhão a mais que no ano passado. É exatamente o que a organização da feira espera como volume de negócio para esta Agrishow.
Além dos preços das commodities, a prorrogação do programa do governo Finame PSI até o fim do ano também deve contribuir para ampliar os negócios. Carlito Eckert, diretor da empresa que lidera as vendas de tratores no país, Massey Ferguson, estima um aumento de 5% a 10% nos negócios fechados na Agrishow este ano.
Para garantir que todas essas compras sejam concretizadas, a oferta de crédito que os bancos vão disponibilizar nesta edição deve ser maior. O Banco do Brasil espera fechar R$ 800 milhões em propostas. Quase 40 milhões a mais que em 2010.