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Otimismo faz cafeicultores de MG revitalizarem fazendas para tornar produção mais eficiente

Bons preços e perspectiva do mercado de continuar em alta no próximo ano animam os produtoresPelos números da Conab a produção nacional de café deve ser 14% menor do que no ano passado, 43 milhões de sacas. Apesar da queda, o otimismo dos produtores mudou para esta safra. Em Minas Gerais, os bons preços e a perspectiva do mercado de continuar em alta no próximo ano trouxeram a possibilidade de revitalizar os cafezais. Os produtores querem pagar as contas e tornar a fazenda mais eficiente.

A região do Cerrado mineiro responde por 10% da produção nacional. Cerca de 98% das lavouras são mecanizadas. No município de Araguari, no Triângulo Mineiro, os cafeicultores beneficiaram mais de 60% da safra. Os produtores estão aproveitando os preços que segue na media de R$ 450 a saca de 60 quilos. 

A mudança tão esperada no cenário da cafeicultura começou no segundo semestre do ano passado e trouxe uma certa tranquilidade ao campo. Entre 2006 e 2010, praticamente toda a renda dos cafeicultores mineiros ficava comprometida com custeio dos cafezais e com o pagamento de juros. Agora, chegou a hora de revitalizar as propriedades.

O cafeicultor Luiz Carlos Fernandes está produzindo mais do que no ano passado. O cafezal dele tem a bianualidade invertida em relação à maioria dos produtores. Produziu pouco em 2010 e agora aproveita os preços com mais produto no terreiro. Luiz Carlos Fernandes vem investindo nos últimos cinco anos, esperando por este momento de renda garantida. Vai recuperar os investimentos mais rápido do que pensava.  

? A gente sempre está esperando. Mas não que seja, agora, tão rápido este aumento. Graças a Deus com este aumento a gente consegue liquidar as contas. Ficamos felizes e esperando que esses preços bons durem pelo menos uns dois ou três anos ? diz Luiz Carlos Fernandes.

Em outra propriedade, do total de 18 hectares, falta colher apenas quatro. O produtor José Constantino vai colher 15% menos do que no ano passado. Mas a mudança está no faturamento. A saca mais barata que ele vendeu este ano foi por R$ 415.

? No ano passado a gente colheu café e não viu nem a cor do dinheiro. Deixamos as contas para trás. O preço foi muito ruim. Este ano deu uma melhorada, está dando para a gente tomar um fôlego melhor. Dá para tratar melhor da lavoura, pedimos, por exemplo, um pouco mais de adubo do que tínhamos pedido no ano passado. Queremos cuidar do que temos e pagar as contas para limparmos o nome ? fala José Pedro Constantino.

O presidente da Cooperativa de Crédito de Araguari (Aracredi), Ramon Rocha, acredita que, se a safra de 2012 se consolidar, os produtores poderão ficar tranquilos para fazer novos investimentos.
 
 ? Se vier a se consolidar esta safra de 2012, que tudo indica que teremos, aí sim o produtor vai estar mais tranquilo, fazendo novos investimentos na sua atividade e, quem sabe, até melhorar o seu trato cultural, a sua produtividade.  Aí começa a se pensar em uma pequena expansão, uma recuperação das áreas que foram erradicadas ? observa Ramon Rocha.

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