Os valores serão fechados com a equipe econômica nesta quinta, dia 12. Somente a linha de financiamento que será aberta junto ao BNDES para cobrir as pendências com as cooperativas representa um total de R$ 200 milhões. Os recursos desta operação são oriundos do programa federal Prodecoop, que estimula a produção agrícola via cooperativas. Já as dívidas de custeio e investimento das lavouras de milho, soja e feijão serão prorrogadas até 31 de julho, incluindo as parcelas negociadas em anos anteriores.
Se depender da Fazenda, a solução para os débitos assumidos pelos agricultores com fornecedores de sementes e adubos será disponibilizada somente em fevereiro.
Socorro pode custar em torno de R$ 1 bilhão
Assessores da Agricultura insistem na cobertura integral do endividamento de curto prazo. O socorro federal pode custar até R$ 1 bilhão.
– Queremos dar tranquilidade aos produtores rurais. Eles têm de ser ajudados para tocarem a lavoura. Nós vamos estar ao lado do governo dos Estados ajudando nestas situações que o produtor é atingido – afirmou o ministro da Agricultura.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, também tentou tranqüilizar os agricultores.
– O governo vai suprir as suas demandas e vai lhes atender naquilo que é fundamental para garantir a estabilidade econômica da sua produção e a continuidade da produção na próxima safra – disse Florence.
As ações federais antisseca foram programadas para serem anunciadas nesta sexta, dia 13, no Rio Grande do Sul. O ministro da Agricultura, porém, pretende anunciar as medidas ainda nesta quinta, em Brasília.
Nessa quarta, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, afirmou ter autorizado o governo gaúcho a usar os R$ 18 milhões enviados pela pasta no ano passado para bancar ações de emergência contra a seca. Segundo ele, R$ 5 milhões devem ser empregados em cestas básicas, remédios e água com caminhões-pipa. Outros R$ 13 milhões poderão financiar a construção de poços artesianos, açudes e desassoreamento.
– O governo está atento para oferecer medidas aos produtores que não estão cobertos por seguro. São esses números que levam algum tempo para dar com precisão – disse Bezerra.
O secretário de Obras e Irrigação, Luiz Carlos Busato, reclamou que R$ 10 milhões correm o risco de ficar engessados por estarem carimbados como gastos de ajuda humanitária.
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