O Paraná comemorou nesta segunda-feira (23) o Dia Nacional do Plantio Direto, técnica que revolucionou a agricultura no Brasil.
A data foi lembrada com evento em Rolândia, no Norte do estado, onde o agricultor Herbert Bartz apresentou o primeiro experimento há 51 anos.
Um busto em homenagem a Bartz, que morreu em janeiro de 2021, foi entregue à população e ficará afixado em pedestal na praça próxima à Câmara Municipal. A filha de Bartz, Marie, e seu neto Sebastian participaram do ato.
A técnica do plantio direto elimina a aração e gradagem do solo, que eram comuns em cada ciclo, mantendo-se uma cobertura de palhada, que, após sua decomposição, aumenta a matéria orgânica, reduz a erosão e facilita a infiltração de água no solo.
A semeadura é feita com a abertura de sulcos e inclusão de fertilizantes sem o revolvimento da terra. O sistema contempla também a rotação de culturas, reduzindo impactos ambientais, incidência de doenças e pragas e inibindo aparecimento de ervas daninhas.
Na solenidade, o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que antes da técnica, fruto de uma mecanização superintensiva, havia muita degradação do solo e erosão.
“O Paraná como um todo, mas particularmente o Norte do Estado, estava indo para o buraco, literalmente”, afirmou.
Nesse contexto, Bartz apresentou a técnica de plantio direto. “Desenvolveram um novo jeito de fazer agricultura depois de 10 mil anos, foi uma mudança total, processo disruptivo, que acabou produzindo as bases da moderna agricultura do mundo”, salientou Ortigara. “Prestar homenagem é bom para calibrar o próprio futuro”.
O plantio direto é utilizado em 33,5 milhões de hectares no Brasil, o que representa 26,7% da área plantada.
O Paraná é o estado com a maior área plantada em plantio direto, com cerca de 10 milhões de hectares.
A Semana Nacional do Plantio Direto segue até sexta-feira (27) com atividades em Londrina, no Norte do Paraná.