Minério, grãos e combustíveis são os principais produtos transportados pelos trilhos do país. O Brasil tem 29,817 mil quilômetros de ferrovias, que movimentam apenas um quarto da carga brasileira. A pesquisa calcula que o ideal seria 52 mil. No atual ritmo de investimentos, a CNT estima que este patamar só seria atingido em 2030.
O estudo aponta a necessidade de ampliar a malha, duplicar e recuperar ferrovias que já existem. Outro desafio é eliminar entraves, como construções irregulares às margens dos trilhos e cruzamentos perigosos com avenidas e rodovias.
De acordo com o presidente da Seção de Ferrovias da CNT, Rodrigo Vilaça, o setor ficou 40 anos abandonado.
? Há uma necessidade urgente de nós expandirmos e, principalmente, de interiorizarmos, levarmos a ferrovia até onde ela não chega, onde ela não está presente, principalmente na área de agronegócio, de commodities agrícolas e minerais, que são a principal base da nossa movimentação ferroviária. O complexo soja, o complexo açúcar e principalmente o minério, para que a gente possa escoar esses produto aos portos brasileiros ? disse Vilaça.
? Num país do tamanho do Brasil, precisaríamos de 52 mil quilômetros de malha ferroviária, (mas temos hoje) 29 mil. Esse setor ficou 40 anos abandonado ? disse o presidente da Seção de Ferroviários da CNT, Rodrigo Vilaça.
Entre 1997 e 2008, a União investiu apenas R$ 1 bilhão no setor, enquanto as concessionárias, mais de 18 bilhões. O estudo aponta como prioridade a construção dos trechos Alto Araguaia ? Rondonópolis, em Mato Grosso; Inocência ? Águas Claras, em Mato Grosso do Sul e ampliação da malha de Santa Catarina. Há necessidade também de construir outras ferrovias, como a Nova Transnordestina, a oeste-leste, na Bahia; a Litorânea Sul, no Espírito Santo; e a ferrovia Norte-Sul.