A Copal é um órgão intergovernamental criado em 1962 para defender os interesses dos países que produzem cacau, integrado por Camarões, Costa do Marfim, República Dominicana, Gabão, Malásia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Togo e Brasil. Juntos, os países produzem 2,4 milhões de toneladas ao ano, sendo a Costa do Marfim responsável por 40% da produção. O Brasil, com 6%, ocupa a quinta posição do ranking mundial.
Os países membros da Copal representam aproximadamente 75% da produção mundial e fazem a gestão das políticas e estratégias de forma diferenciada. No encontro, será possível discutir um sistema compatível entre eles e coordenar políticas comuns. Com isso, poderão assumir uma postura mais homogênea nas negociações do novo Acordo Internacional do Cacau (AIC). Na última negociação, em 2001, foi estipulado que os países exportadores poderiam coordenar suas políticas de produção para equilibrar o mercado.
O diretor da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Jay Wallace da Silva e Mota, explica que os problemas que afetaram a economia cacaueira mundial, já foram identificados e solucionados ao longo de vários anos. O desafio do evento é harmonizar as políticas nacionais, e assim, reunir informações para coordenar e avançar coletivamente no mercado mundial.
Nos últimos anos, a produção de cacau tem apresentado pequenos déficits em relação ao consumo. Entretanto, os estoques disponíveis giram em torno de 40%, ou seja, a tendência é a elevação dos preços no mercado mundial. Na cotação da Bolsa de Nova York, atualmente o cacau situa-se em torno de US$ 2,6 mil a tonelada.
No Brasil, o agronegócio do cacau reúne mais de 47 mil propriedades da Bahia, Pará, Rondônia e Espírito Santo. Em 2008 o país produziu 160 mil toneladas, rendimento médio de 326 quilos por hectare. A produção nacional não atende da demanda do mercado interno e, em 2007, o Brasil importou 74 mil toneladas.
O governo federal lançou em 2008 o Plano de Aceleração do Desenvolvimento do Agronegócio na Região Cacaueira do Estado Bahia (PAC do Cacau). Em oito anos, a previsão é que sejam investidos R$ 2 bilhões, sendo R$ 360 milhões para a recuperação e revitalização da cacauicultura. Serão recuperados e modernizados 150 mil hectares de cacau, adotando manejos para controle efetivo da vassoura-de-bruxa.