A decisão do engenheiro agrônomo Gilmar Marodin foi tranquila. Ele escolheu ser agrônomo há mais de três décadas.
? Eu tenho uma família que tem praticamente todas as raízes na terra, desde os meus bisavós, que vieram da Itália e que chegaram ao Brasil no início do século 19. Então, isso passou pros meus tios, meus pais ? comenta.
A agronomia virou assunto natural em casa e mais ainda na universidade.
? Trabalhei na extensão rural, depois fiz mestrado em Porto Alegre na área de fruticultura, depois doutorado, e virei professor da universidade, fiz pós doutorado no ano passado ? relata.
Gilmar diz que não esperava, mas na hora do seu filho, Francisco Marodin, decidir a profissão, o histórico familiar falou mais alto. Hoje, o filho cursa o sexto semestre.
? Pra mim foi surpresa, até porque ele sempre falava em biologia, por influência da mãe que é bióloga. Eu fiquei muito surpreso na hora em que ele estava esperando o resultado do vestibular e a gente descobriu que ele tinha passado em agronomia.
? Eu acho que fiz a decisão certa mesmo. Estou gostando bastante e acho que a escolha foi correta da futura profissão ? conta o estudante.
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Mas ninguém esperava que Bibiana Marodin, a caçula da família, fosse seguir o mesmo caminho.
? Ela também fez agronomia, pra nossa surpresa. Ela passou no primeiro vestibular, com 15 anos ? conta o pai.
? Na verdade eu tinha escolhido agronomia desde que eu tinha 10 anos, que eu sempre me interessei por ter mais o contato com a natureza eu me interessei por esta área. Por ter o pai como agrônomo deu uma influenciada ? aponta a estudante.
E é inevitável. Um passeio pelo pomar de casa acaba virando uma aula sobre fruticultura. Bibiana já está cursando o segundo semestre e chegou a vez de Giuseppe Marodin.
? Eu estava meio indeciso entre educação física e agronomia e optei por agronomia, mesmo pela minha família. E com os meus irmãos fazendo, eu pergunto como estão indo, se tão gostando e aí eu optei por agronomia mesmo ? explica.
? Essa semana ele fez a inscrição pro vestibular e nós temos um outro projeto de engenheiro agrônomo ? relata o pai.
Gilmar não esconde o orgulho de ver os filhos seguindo o mesmo caminho que ele. No semestre que vem, pela primeira vez, vai ser professor de Francisco. É como ter a chance de terminar na sala de aula, a lição que ele começou em casa.
