? O controle do registro aumenta o custo para a empresa, porque depende da liberação. Imagina quando você tem cinco mil produtos no mercado, esse registro tem uma dinâmica muito mais célere, mas depois, quando aumenta o número de produtos, para 80 mil produtos, a velocidade reduz e aumenta o custo para o setor produtivo ? explica a especialista em vigilância sanitária da Anvisa, Ângela Castro.
Segundo a Anvisa mesmo sem o registro, a fiscalização não vai ser prejudicada.
? A intenção é que a gente garanta pelo menos uma inspeção anual em cada empresa de palmito, além do controle no mercado do produto ser constantemente monitorado e avaliado os critérios de segurança.
Alguns consumidores veem a medida com desconfiança.
? O interessante é permanecer do jeito que se encontra. Não importa se vai gastar mais. A preocupação é com o ser humano, é com o uso, com a utilização do palmito ? diz o servidor público, Luiz Paz.
Mas como a produção clandestina de palmito ainda é uma realidade, o consumidor deve ficar atento a algumas dicas na hora da compra. Dessa forma é possível evitar o botulismo, uma bactéria que contamina o produto extraído sem higiene e que age no sistema nervoso podendo causar a morte. Diferente do que muita gente pensa, a doença não é percebida a olho nu. Por isso é importante ter atenção quanto ao prazo de validade e à procedência.
? O consumidor deve evitar as marcas de palmito que não têm qualidade, que estão em embalagem que a etiquete não identifica bem. Ele tem que buscar o selo de qualidade, que indica que o produto pertence a grupos que estão trabalhando com sustentabilidade na produção, de forma que vão extrair o palmito de forma que ele se recupere ? explica a professora de Microbiologia dos Alimentos da Universidade de Brasília (UnB), Yolanda Oliveira.