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Para ABC Brasil, carnes e cadeia do trigo pressionaram IPCA

Índice encerrou o mês com alta de 0,35%; preços das carnes subiram 0,88%, valor da farinha de trigo teve alta de 2,61% e o do pão francês, de 3,37%Os destaques de setembro na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, referência oficial da inflação) apontados pelo economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal, têm  seus preços em dólar. Para ele, o complexo carnes e a cadeia do trigo pressionaram a inflação apurada no varejo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês passado.

O IPCA encerrou o mês com uma alta de 0,35%, depois de ter subido 0,24% em agosto, em uma aceleração de 0,11 ponto porcentual, com as carnes subindo 0,88%, o frango ficando 3,04% mais caro e a cadeia do trigo vindo forte, com o preço da farinha majorado em 2,61% e o do pão francês, em 3,37%.

– Isso não pressionou mais o índice porque os alimentos in natura, com exceção das frutas, vieram fortemente negativos – observou o economista.

Ainda segundo Souza Leal, considerando que tanto as carnes como a cadeia do trigo têm algum componente de câmbio na composição de preços, pode-se admitir que a desvalorização da virada do segundo para o terceiro trimestre estaria “entrando” nos índices de varejo. No entanto, disse o economista, “apesar de ter algum impacto, outros fatores devem ser majoritários nesse movimento”.

No caso das carnes, explicou, o final de ano é mais pressionado sazonalmente. No caso da cadeia do trigo, um pedaço importante do movimento se deve às variações do preço da própria commodity.

– Ou seja, o dólar não ajudou, mas não se pode dizer que tenha sido preponderante – afirmou.

Tarifa Externa Comum do Trigo

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, afirmou que o governo está atento à questão do abastecimento de trigo e estuda a ampliação do período de isenção da incidência da Tarifa Externa Comum (TEC) de 10% nas importações fora do Mercosul.

Ele destacou que neste ano o governo autorizou a importação de cerca de 2 milhões de toneladas de trigo sem a TEC, para garantir o abastecimento e evitar pressão sobre os índices inflacionários. A mais recente liberação do governo foi 400 mil toneladas para desembarque até 31 de novembro.

O secretário afirmou que nesta safra o governo pretende elaborar uma política de incentivo ao plantio de trigo, inclusive com o uso da irrigação na região Centro-Oeste. O levantamento de safra divulgado hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a safra 2013/2014 em 4,769 milhões de toneladas, volume 8,9% superior ao colhido no ano passado, graças ao aumento de 15% na área plantada.

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Agência Estado
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