Para CNA, pacote para ferrovias e rodovias fez governo cortar vínculos com atraso

Presidente da entidade afirma que plano demonstra preocupação com escoamento da produção de grãosA presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), disse nesta quinta, dia 16, por meio de nota, que "o governo cortou vínculos com o atraso e convenceu-se de que sem a participação da iniciativa privada seria impossível superar os desafios da infraestrutura e da logística". Ela fez a declaração ao comentar o plano de investimentos em ferrovias e rodovias anunciado na quarta pelo governo.

Na opinião da senadora, com o plano o governo federal demonstra “nítida preocupação com o escoamento da produção de grãos, cujas exportações mantêm o superávit da balança comercial brasileira”. Ela observa que, diante da previsão de colheita de uma safra recorde de grãos, que pode chegar a 170 milhões de toneladas, é fundamental tornar viáveis investimentos privados em rodovias e ferrovias.

Kátia Abreu destacou que o plano anunciado pelo governo inovou ao criar um novo marco regulatório para a concessão das rodovias e cita como ponto positivo a seleção do concessionário pela menor tarifa de pedágio e a não cobrança de outorga. Na opinião da senadora, a criação da figura do operador ferroviário independente “quebra a espinha dorsal do oligopólio das atuais concessionárias”. Ela ressaltou a importância do estabelecimento do “direito de passagem, que permite a democratização da movimentação de cargas”. A senadora acredita que as medidas vão contribuir para resgatar a participação do investimento privado em ferrovias, além de fortalecer as estruturas de planejamento e regulação.

Outro ponto importante, segundo a senadora, é a criação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que promoverá os estudos e coordenará os projetos de integração logística com a qualidade que o País precisa. Ela lembra que, desde a extinção da Empresa Brasileira de Planejamento de Transporte (GEIPOT), em 2008, o Brasil passou a sofrer com a ausência de projetos para o setor. “Estamos confiantes em que as estruturas de governo serão capazes de implementar o novo plano, integrando o setor produtivo do país de ponta a ponta”, afirma.