? Se estivéssemos sozinhos, seria mais fácil. É claro que, juntos, nos fortalecemos na questão econômica, mas, por outro lado, há divergências entre Brasil e Argentina, por exemplo ? afirmou.
Andrade disse que as negociações com a União Europeia (UE) estão avançando muito lentamente.
? É preciso (fechar) acordos que sejam mais bem aplicados ? afirmou.
Segundo ele, é necessário discutir com o bloco europeu a questão do protecionismo comercial.
? Somos uma economia de mercado aberta e temos enfrentado problemas com mercados de economia mais fechada, inclusive com barreiras não tarifárias.
O presidente da CNI acrescentou que, além da crise que levou a Europa a importar menos do Brasil, a valorização do real, a carga tarifária e o mercado interno muito grande, que está atraído muitas empresas estrangeiras, têm atrapalhado a competitividade dos produtos brasileiros no Exterior.
O encontro faz parte da 4ª Cúpula Brasil-UE. Durante a cúpula, serão assinados vários acordos e discutidos temas de interesse internacional, como mudança do clima, desarmamento, reforma das instituições financeiras internacionais e Rodada de Doha, além do uso de bioenergia. Em 2008, antes da crise financeira mundial, a UE destinou US$ 21,1 bilhões ao Brasil em investimentos diretos, que representaram 48% do total de investimentos estrangeiros no período.