Entidade confirma que as áreas que sofreram alagamento na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul terão perdas, mas minimiza impacto no resultado total do estado
As áreas de soja na região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul devem mesmo registrar perdas significativas de produção e produtividade por conta das fortes chuvas e alagamentos, afirmou a Emater-RS. Entretanto, por considerar que as áreas afetadas representam um pequeno percentual do total plantado, a quebra não deve ter ”influência nas projeções totais”.
Em seu relatório semanal, a Emater-RS relembrou que as regiões da Campanha e Fronteira Oeste sofreram com volumes acentuados de chuva na última semana, provocando alagamentos e enchentes, com possíveis perdas na produção.
Veja como está o clima na região da Fronteira Oeste
“No município de Dom Pedrito, da área estimada de soja está sendo avaliado perdas nas áreas alagadas. Na região de Santa Maria, nos municípios de São Pedro do Sul, Mata e São Vicente do Sul, foi identificado áreas de soja que sofreram alagamento e deverão sofrer perdas significativas de produtividade, afetando alguns produtores, mesmo sem maior influência nas projeções totais de produção e produtividade do Estado por se tratar de um percentual pequeno do total da área cultivada no estado”, diz o informativo.
Segundo a Emater, o estado plantou nesta temporada 2018/2019 5,8 milhões de hectares e esperava colher algo em torno de 18,4 milhões de toneladas. Já a Conab, em seu 4º levantamento, prevê uma área de 5,7 milhões de hectares no estado com soja e uma produção de 18,6 milhões de toneladas.
Condições das lavouras
No Estado a maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo, 35% das áreas está em floração e 12% em início da granação. Para a entidade, os tratos culturais com fungicida foram intensos, visando prevenir a ocorrência de doenças, especialmente da ferrugem asiática, devido à constatação de focos no Estado.
A entrada em algumas lavouras foi dificultada pela alta umidade. Essa atividade de aplicação fungicida deverá seguir pelos próximos 45 dias, variando entre lavouras e nos intervalos recomendados entre uma aplicação e outra, acarretando um aumento de aplicações de fungicidas nesta safra. Em uma área no município de Cerro Largo, Unidade de Referência com acompanhamento e monitoramento, na amostra de folhas da cultura coletadas dia 08 de janeiro e analisadas no laboratório da UFFS, detectou-se a presença de ferrugem.