Para entidade, temores econômicos não prejudicarão consumo global de café

De acordo com Organização Internacional de Café, mercados emergentes responderão por crescimentoO consumo mundial de café não será prejudicado pela desaceleração de importantes economias e manterá uma taxa de crescimento anual de 1,5% em 2012, de acordo com a Organização Internacional de Café (OIC).

– Nós vimos o café muito resistente à atual crise -, informou Robério Oliveira Silva, diretor executivo da OIC durante um festival internacional do produto.

Segundo Silva, o consumo do grão subiu para 136,5 milhões a 137 milhões de toneladas em 2011, ante 135 milhões de sacas em 2010. Para ele, a produção também deve aumentar na temporada que começará em 1º de abril, na comparação com 132,4 milhões de sacas em 2011/12, devido à safra melhor no Brasil.

Silva não forneceu projeções específicas para 2012/13, mas descartou os temores de que a produção pode criar um descompasso entre a oferta e a demanda.

– O que o mundo estava esperando é que o Brasil criasse um desequilibro na relação de oferta e demanda. Isso não vai acontecer, uma vez que não haverá uma colheita tão grande -, disse ele.

A produção brasileira deve crescer para 50,6 milhões de sacas em 2012/13, acima das 43,5 milhões de sacas vistas em 2011/12. Do total, quase 33 milhões de sacas devem ser exportadas no próximo ano comercial. Mas o nível dos estoques mundiais não deve subir acentuadamente em 2012/13 por causa da safra melhor esperada para o Brasil.

Silva prevê um “crescimento fenomenal” da demanda por café no longo prazo, por conta do impulso de países produtores e mercados emergentes. A Índia é um exemplo de forte mercado. O consumo do grão no país sul asiático se proliferou na última década com a entrada de cafeterias de marca até mesmo em pequenas cidades. Segundo Anil K. Bhandari, presidente do India Coffee Trust, a Índia pode se tornar um importador nos próximos cinco anos.

Agência Estado