A Embrapa divulgou nesta semana o primeiro Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para as culturas de milho e soja no Pará, safra 2015/2016. O estudo para determinar essas informações começou a ser elaborado há dez anos.
Os produtores que seguirem as recomendações previstas no instrumento de gestão de risco e nos calendários de plantio elaborados por município terão agora, pela primeira vez, a ter garantia de seguro rural caso haja perda de produção devido ao clima.
Segundo dados do IBGE para o ano de 2013, a área plantada de milho e soja no Pará corresponde a 221 mil e 189 mil hectares, respectivamente. Somente no polo de Paragominas, produtores e técnicos estimam que a área plantada de grãos já alcance 160 mil hectares.
Cultivos
De acordo com a Embrapa, o Zarc maximiza os rendimentos e minimiza o risco de perda dos cultivos. É um instrumento de política agrícola, elaborado a partir de estudo da Embrapa sobre as exigências mínimas de cada cultura a ser zoneada. Após passar por revisão anual no Ministério da Agricultura (Mapa), o zoneamento agrícola de risco climático é publicado em portarias divulgadas no Diário Oficial da União e no site do ministério, editadas por cultura agrícola e por unidade da federação, para vigência na safra indicada.
– Há uma demanda atual do Mapa para atualizarmos informações sobre 27 culturas –, informa o pesquisador Aryeverton de Oliveira, da Embrapa Informática Agropecuária, de Campinas (SP).
Segundo ele, como um todo, já foram estudadas 59 culturas e 80 sistemas diferentes para efeitos de zoneamento agrícola de risco climático ao longo dos últimos anos.
O primeiro zoneamento do gênero foi usado na safra 1996 para a cultura do trigo e desde então vem sendo utilizado como referência para aplicação racional do crédito agrícola, permitindo o acesso do produtor aos programas de garantia da atividade agropecuária (Proagro e Proagro Mais) e de subvenção ao prêmio do seguro rural (PSR).