– Não há mais como fazer uma expansão horizontal das nossas terras – disse, durante cerimônia de comemoração dos 41 anos da empresa, referindo-se à limitação de ocupação de novas áreas para plantio.
A afirmação de Lopes vai na contramão da defesa feita pelo ministro da Agricultura, Neri Geller, que tem colocado como meta da sua gestão a ampliação da fronteira agrícola no Centro-Oeste. O ministro foi convidado para o evento, mas não compareceu.
Segundo o presidente da Embrapa, o passo mais acertado para a agricultura é fortalecer a integração entre a lavoura, a pecuária e a floresta para enfrentar desafios do que ele chamou de “crise da inversão climática”, que neste ano levou estiagem para regiões onde deveria chover e chuva para área onde deveria estar seco para colheita.
– Estamos vivendo um momento de mudanças radicais, precisamos ter a grandeza de aprender a criar um sistema estratégico que nos permita lidar com um problema grave, que é a exclusão de pequenos produtores – afirmou.
A Embrapa mantém, atualmente, segundo Lopes, cerca de 400 pesquisadores estudando adaptações da agricultura às mudanças climáticas. A empresa investe cerca de R$ 500 milhões em pesquisas de mitigação climática.