O ministro abriu o seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2011 e 2012 falando da importância em debater a relação entre agricultura, pecuária e mercado financeiro. Mas, logo depois criticou a intenção de países que querem controlar o preço das commodities agrícolas, a exemplo da França.
? Quando se lançou a primeira ideia para o G-20 agrícola, ela foi uma ideia perversa e inadmissível e nós, imediatamente, a contraditamos que era a ideia, que alguns países ricos tem, de que podem fazer e exercer um controle sobre o preço das commodities ? disse o ministro.
Ele afirmou que vai levar o assunto para a reunião de ministros de Agricultura do G-20, nos dias 22 e 23 de junho, na França.
? A preocupação a longo prazo é com players que possam ter uma expectativa de fazer contratos futuros para ganhar o aumento do preço das commodities , ou seja, dos alimentos. E isso é o que nós vamos estudar agora no G-20 Agrícola, em Paris, para tentarmos minimizar este risco ? afirmou ele.
Para o diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, o G-20 Agrícola deve sim discutir o preço das commodities. Mas, em primeiro lugar, deve aperfeiçoar medidas para regular o mercado, antes de colocar a culpa nos especuladores.
? A crise mostrou que o Brasil está com o arcabouço regulatório não só preparado, mas como um modelo para muito outros países, principalmente na questão da regulação de produtos de bolsa. Nós não vemos nenhuma preocupação, a gente vê que é importante porque cada vez mais que isso é discutido, mais se tem informação e mais detalhe técnico se tem sobre este contexto ? observou Edemir Pinto.
Durante o encontro, o ministro Wagner Rossi também anunciou recursos do plana safra. Serão R$ 107 bilhões, 7 bilhões a mais do que no ano passado. Este ano o governo pretende lançar cinco novas linhas de crédito. Entre os destaques investimentos do setor sucroalcooleiro e na pecuária de corte. O anúncio do plano ainda não tem data mas, segundo o ministro, deve ocorrer na primeira quinzena de junho.