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Notícias - Soja Brasil

Para setor da soja, governo deveria criar mecanismos extras para ajudar o RS

Durante debate no Fórum Soja Brasil da Cotrijal, nesta quinta-feira, especialistas defenderam a criação emergencial de medidas para ajudar os produtores com perdas por conta da seca

cotrijal soja
Foto: Franco Rodrigues

A falta de chuvas deve gerar uma grande quebra de safra no Rio Grande do Sul. A informação já foi confirmada tanto pela Emater-RS, Aprosoja e outras entidades. O tamanho das perdas é o único tema que não é uma unanimidade. As piores projeções indicam perdas de até 30% da safra do estado. Diante disso, durante o Fórum Soja Brasil que aconteceu na feira Expodireto Cotrijal, em Não Me Toque (RS), nesta quinta-feira, 5, especialistas defenderam que o governo federal deveria criar estratégias extras para auxiliar os produtores com suas dívidas.

Antes de começar os debates, que envolveram o economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, Antonio Da Luz e o diretor-executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, a editora de Tempo do Canal Rural, Pryscilla Paiva, trouxe a previsão para o estado até abril.

A notícia não é boa. A perspectiva é que os próximos dias ainda serão de tempo seco em todo o estado. “Não há previsão de chuvas para os próximos dias em todo o Rio Grande do Sul. A partir do dia 13 de março as instabilidades até retornam para o estado, mas com apenas 15 mm e não deve ajudar a recuperar as lavouras”, afirma Pryscilla.

Segundo ela, a umidade do solo é melhor na parte norte do estado, que recebeu mais chuvas. Já na parte sul do Rio Grande do Sul, o solo está bastante seco e essas poucas chuvas não ajudarão a retomar a umidade.

“Na cidade de Tupanciretã as chuvas devem chegar lá pelo dia 15 de março, acumulando até o dia 9 de abril, 199 mm acumulados. Em Passo Fundo chove até um pouco mais até 9 de abril, com os maiores acumulados previstos para acontecer a partir do dia 25 de março.”

Prejuízos iminentes preocupam

Claro que após a previsão do tempo realizada por Pryscilla, uma chuva de perguntas de produtores preocupados começou a chegar para os debatedores. A maioria querendo entender como os produtores já endividados poderiam arcar com os custos desta safra e conseguir recursos para a próxima.

Uma foto enviada pelo presidente da Aprosoja-RS, Décio Teixeira, de um produtor de Jacuizinho, que terá um grande prejuízo com a seca este ano foi bastante comentada. Até porque este produtor já teve um 2019 complicado.

“Nós da Farsul sofremos muito nestes anos de grandes perdas. As histórias que chegam pra nós são muito tristes. Esse produtor de Jacuizinho é nosso conhecido. No ano passado ele já teve problemas com enchentes e este ano com seca. Dois anos de prejuízos grandes, isso nos dói muito de saber”, comenta Da Luz.

Antonio Da Luz, da Farsul. Foto: Franco Rodrigues

Segundo o diretor da Aprosoja, em anos que o produtor não consegue fechar as contas, alguns instrumentos de crédito rural podem ajudar.

“Temos o seguro rural. Também há o IMCR 269, que permite ao produtor prorrogar parcelas que ele tenha contratado com bancos de crédito oficial. Os produtores que estão fora disso terão problemas sérios e será mais difícil de solucionar”, comenta Fabrício.

Segundo ele, aqueles produtores que já prorrogaram mais de uma vez também terão problemas, pois não poderão fazer isso de novo.

“Nestes casos estão falando com o governo para tentar encontrar alguma solução para ajudá-los, principalmente quando o caso é decorrente de um problema climático de emergência”, afirma o diretor da Aprosoja.

Da Luz concordou com o pedido de Fabrício Rosa e salientou que a entidade está em contato com o governo federal para buscar meios de ajudar os produtores endividados.

Fabrício Rosa, da Aprosoja Brasil. Foto: Franco Rodrigues

“Estamos propondo, junto com outras entidades, para que os vencimentos deste anos sejam prorrogados para o ano que vem, por exemplo. Pegar as parcelas de custeio e dividi-las em 10 anos, no mínimo, para que o comprometimentos da renda seja menor. Pois senão o produtor não terá crédito para plantar a outra safra”, diz o economista-chefe da Farsul.

Segundo ele, é preciso criar medidas diferentes e rápidas para estes casos, para que o produtor não quebre. “Quando este tipo de coisa acontece, os produtores deveriam ter opções extras ao manual de crédito”, afirma Da Luz.

Assista abaixo o evento na íntegra:

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