Os comerciantes decidiram paralisar em protesto contra o prazo dos novos contratos de permanência e uso dos 16 pavilhões da Ceasa, que agora será de cinco anos e sem possibilidade de renovação, até a realização de uma licitação, conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
Segundo o presidente da Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio, Waldir Lemos, a greve não vai afetar o serviço de distribuição das mercadorias, no entanto, ele reconhece que pode haver alta no preço dos alimentos.
– Alguns vendedores ambulantes estavam comprando caixas extras de legumes e verduras e, com as portas da Ceasa fechadas, eles podem muito bem vender esses produtos a um preço maior, já que não terão concorrência – disse.
Ainda de acordo com Lemos, os comerciantes consideram o prazo dado pelo MP-RJ muito curto, se levado em consideração os investimentos que já foram feitos no local.
– Há 15 anos, quando chegamos aqui na Ceasa, realizamos uma série de obras e melhorias nesse lugar. Foram milhões de investimentos por parte dos comerciantes e nós não podemos ficar aqui apenas por esse tempo. Nos outros Estados, existem prazos bem maiores e com chances reais de renovação – dizem os comerciantes.
No Espírito Santo, os contratos são de 10 anos, prorrogáveis por mais 10. Em Minas Gerais, os contratos são de 25 anos, prorrogáveis pelo mesmo período; e em Goiás, Pernambuco e Brasília, o período estipulado é 15 anos, também com possibilidade de prorrogação.
Uma reunião entre representantes da Ceasa e autoridades do MP-RJ está marcada para sexta, dia 12.