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Paralisações em rodovias afetaram preços dos hortifrútis, diz Cepea

Em relação a alface, muitos pedidos foram afetados por conta do feriado e das manifestações dos caminhoneiros na última semana

As manifestações em rodovias, promovidas por alguns caminheiros na semana passada, afetaram os preços dos principais itens do hortifrúti. A análise é feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

O calor favoreceu o crescimento de pés de alface entre os dias 6 e 10 de setembro nas roças paulistas de Mogi das Cruzes e Ibiúna, o que resultou em um aumento na oferta. No entanto, muitos pedidos foram afetados por conta do feriado e das manifestações dos caminhoneiros na última semana. Desta forma, com o aumento da disponibilidade e o escoamento restrito, os preços recuaram.

A crespa em Mogi teve queda de 0,65%, com a caixa de 20 unidades sendo negociada por 17 reais e 9 centavos. A americana apresentou decréscimo de 1,82% na região, finalizando a 16 reais e 15 centavos pela caixa com 12 unidades.

Em relação ao tomate, na semana passada, os valores médios do salada longa vida registraram alta na Ceagesp, Campinas (+24,85%), Rio de Janeiro (35,83%) e em Belo Horizonte (55,21%), por conta da menor oferta do fruto, já que a primeira parte da safra de inverno está próxima do fim e o ritmo de maturação é menor. Somado a isso, as paralisações das rodovias e as manifestações de 7 de setembro também afetaram a chegada de frutos em algumas centrais de abastecimento, o que motivou essas altas expressivas.

Os bloqueios em estradas também afetaram o mercado da banana no norte de Santa Catarina e no norte do Espírito Santo, onde os relatos de paralisações foram mais fortes e atrapalharam a comercialização. Com isso, produtores que esperavam aumento nos preços dos frutos de melhor qualidade precisaram realizar ajustes moderados ou até praticar descontos. Sendo assim, o preço médio da nanica ficou em 96 centavos por quilo, recuo de 12% na comparação com a semana anterior.