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Paraná desenvolve plano para reduzir cultivo de tabaco no Estado

Secretaria da Agricultura sugere a criação de fundo para garantir a renda do agricultor que depende do tabaco e para auxiliar na implantação de novas atividadesO governo do Paraná está empenhado em adotar um plano estratégico para incentivar a diversificação da produção agropecuária em propriedades que cultivam fumo. Para isso, as secretarias da Agricultura e do Abastecimento e da Saúde estão trabalhando juntas no desenvolvimento de um programa para reduzir a cultura do tabaco nas propriedades rurais.

A versão preliminar do plano estratégico foi discutida nesta segunda, dia 7, em uma reunião técnica que contou com a participação dos secretários Norberto Ortigara, da Agricultura, e Michele Caputo Neto, da Saúde. O plano foi apresentado pela engenheira agrônoma Adriana Baumel, do núcleo da Agricultura, com base no trabalho realizado por técnicos das duas secretarias.

? O desafio não é pequeno e depende da oferta de programas sustentáveis que ofereçam, no mínimo, o que as indústrias de tabaco oferecem aos agricultores ? disse Caputo Neto.

Segundo Ortigara, o cultivo do tabaco é responsável por 70% a 80% da renda das propriedades rurais na região Centro-Sul do Paraná.

Nos últimos anos, o Paraná fez tentativas de reconversão do cultivo do tabaco, inclusive com a ajuda do governo federal. Foram oferecidas alternativas para a diversificação da propriedade, acompanhadas de assistência técnica e acesso a financiamentos ? mas nenhuma delas foi suficiente.

Novas alternativas

A Secretaria da Agricultura sugere a criação de um fundo para garantir a renda do agricultor que depende do tabaco em sua propriedade. Esse fundo poderá auxiliar o produtor rural na implantação de novas atividades.

? Mas é necessário que esse programa defina as portas de entrada e de saída, para que não vire uma ação social por tempo indeterminado ? disse o secretário Ortigara.

Outra alternativa, apresentada pelo secretário da Saúde, é o enfrentamento do problema junto com Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que também são produtores de fumo. Caputo Neto sugere a realização de um fórum para discutir o enfrentamento do problema, com a participação dos secretários da Agricultura e da Saúde dos três Estados.

Todos os Estados devem seguir a Convenção Quadros, da qual o Brasil é signatário, que considera o tabagismo uma epidemia global. O reconhecimento de que a expansão do tabagismo é um problema mundial fez com que, em maio de 1999, durante a 52ª Assembleia Mundial de Saúde, os Estados Membros das Nações Unidas propusessem a adoção de um tratado internacional de saúde pública, denominado de Convenção Quadro para o Controle do Tabaco.

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