O setor produtivo do Paraná está discutindo sugestões a respeito do controle da ferrugem asiática a serem enviadas ao Ministério da Agricultura (Mapa). A ideia, segundo a Secretaria de Agricultura, é aprimorar os dispositivos da legislação e respeitar as condições próprias de cada região.
“O importante é termos uma estratégia técnica para gastar menos, ter menos custo. Qualquer grama a menos que gastar em fungicida é resultado maior no bolso”, disse o secretário Norberto Ortigara em comunicado.
O setor está avaliando a portaria 306 do Mapa, que revisa e atualiza procedimentos no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja. Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Rezende Young Blood, entre as novidades, a portaria acrescenta ao conceito de vazio sanitário a proibição de semear soja no período de 90 dias. Até agora, era proibido cultivar, manter ou permitir a existência de plantas vivas de soja em qualquer estágio vegetativo.
“Dessa forma, produtores iniciavam a semeadura alguns dias antes do término do período, quando sentiam que as condições climáticas já permitiam esse processo, e sabendo que elas não iriam emergir até o final, destaca a pasta. “É uma grande diferença, pois pela nova portaria ninguém mais pode plantar soja até o fim do vazio sanitário”, disse Blood.
A nova portaria determina, ainda, que até 31 de dezembro de cada ano o estado envie ao ministério sugestões de datas para início e término do vazio sanitário. No caso do Paraná, para a atual safra foi definido de 10 de junho a 10 de setembro. Os estados também deverão definir o calendário de plantio, que deve ser de até 110 dias consecutivos de semeadura. Como a exigência de calendário é nacional, o ministério pretende reduzir as diferenças grandes de um estado para outro.