Entre os projetos que receberam investimento também estão distribuição de calcário, equipamentos para bovinocultura de leite, microbacias, sistemas de abastecimento e proteção de fontes, integração lavoura, pecuária e floresta, cafeicultura, habitação rural, patrulhas da seda, fundo de aval e seguro rural, apoio a bovinocultura de corte, ovinos e caprinos.
Segundo o secretário, saíram do meio rural cerca de 30 milhões de toneladas de grãos e mais um grande volume de frangos, suínos, bovinos, leite, madeira, hortaliças e insumos agrícolas.
– Essa movimentação exige estradas rurais no mínimo conservadas para facilitar o acesso de caminhões que transportam a produção, o transporte escolar e aos serviços de saúde e lazer das comunidades atendidas. Essa estratégia foi adotada este ano e será ampliada para 2013 – disse Ortigara.
Combustível
Programas repassaram óleo diesel às prefeituras para melhorar a trafegabilidade das estradas. Ortigara lembrou que, pela Constituição, a obrigatoriedade da abertura e manutenção das estradas rurais é dos municípios.
– O Estado considera muito importante para a melhoria das condições de competitividade do negócio agrícola no mundo essa ajuda aos municípios paranaenses a terem estradas de boa qualidade, barateando o frete – alegou.
O Estado está investindo R$ 110 milhões em vários programas para apoiar os municípios na tarefa de manter em boas condições as estradas rurais, como o repasse de óleo diesel, as Patrulhas do Campo (programa feito em parceria com a Secretaria de Infraestrutura e Logística) e a pavimentação poliédrica (com pedras irregulares) de trechos prioritários. São 110 mil quilômetros de estradas em áreas rurais, cuja má conservação obriga o produtor rural a gastar quatro vezes mais no transporte para enviar uma tonelada de soja até o porto para exportação, que o produtor da Argentina e dos Estados Unidos, seus maiores concorrentes no mercado mundial de alimentos.
Safra
De acordo com Ortigara, 2012 iniciou com seca rigorosa que provocou perdas significativas na produção de feijão, milho e soja, principais grãos cultivados no Estado. Esses prejuízos também se expandiram para a produção de suínos e frango de corte, setores que enfrentaram forte crise de custos.
– Os preços dos produtos agrícolas no mundo e no Brasil se reposicionaram e, graças à força do agricultor e à nossa condição especial de ter vários tipos de climas, de cultivar várias safras no mesmo pedaço de chão durante o ano, conseguimos recompor e concluir o plantio da safra 2012/2013 – afirmou o secretário.
A expectativa é uma grande safra, em torno de 22,7 milhões de toneladas de grãos de verão 2012/2013.
– Os produtores deverão ser beneficiados com os preços que ainda se mantém elevados para quase todos os produtos que o Estado produz – disse.
Sanidade
Ortigara ressaltou que o governo conseguiu avançar nas melhorias da sanidade animal e vegetal. Em 2012, foi criada e implantada a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) que corresponde ao investimento que o Estado está fazendo na proteção, na promoção da Saúde Animal e Vegetal, visando permitir que a produção paranaense possa acessar qualquer mercado do mundo, especialmente aqueles mais exigentes que pagam preços melhores.
– Estamos em vias de lançar um edital para promover concurso público para o chamamento de 840 novos profissionais para o quadro do Instituto Emater, que possibilitará a orientação técnica assistida para a superação das dificuldades do meio rural para que a comunidade e a família rural possa almejar uma vida melhor – afirmou.