A cada ano as lavouras de café perdem espaço no Paraná. Este ano a área plantada está 3% menor em relação ao ano passado. A cafeicultura paranaense enfrenta problemas como a falta de modernização da atividade, preços instáveis e custo elevado, especialmente com a mão de obra, cada vez mais escassa e, por isso, mais cara.
Há menos de 10 anos, a região noroeste do Paraná tinha 10 mil hectares com café. Hoje são sete mil e a área continua caindo. A colheita mecanizada pode ser uma alternativa para revitalizar a atividade, inclusive estimulando a renovação do parque cafeeiro paranaense, que tem mais de 20 anos.
A Cooperativa do Noroeste do Estado (Cocamar), apresentou a colheita mecanizada a mais de 200 cafeicultores da região. O equipamento pode ajudar a reduzir os custos da atividade.
? Hoje a colheita manual varia aqui na nossa região, entre R$ 6,00 até R$ 14,00. A colheita com máquina a gente sabe que, no máximo, vai ficar em R$ 5,00, o saquinho de colheita de campo. Além da mão de obra estar escassa, a gente sabe que daqui a pouco nós vamos estar pagando talvez o dobro disso pela colheita e essa mão de obra não vai estar disponível ? diz o coordenador técnico de Culturas Perenes da Cocamar, Leandro César Teixeira.
Os produtores acompanharam com interesse o trabalho do equipamento. Muitos terão que fazer ajustes na propriedade antes de adotar a colheita mecânica, mas a maioria acredita que esta é a única saída para o café no Paraná.
A cooperativa também propõe que os produtores de laranja adotem a cafeicultura e vice-versa, para reforçar a renda. A vantagem está na economia com o maquinário.