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Paraná pretende prorrogar plantio do milho safrinha

Milho plantado no Estado influencia o equilíbrio nas cotações dos principais produtos consumidos pelos brasileirosA Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) pediu nesta segunda, dia 14, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a prorrogação do plantio de milho safrinha no Paraná por mais 20 dias. O pedido deve-se ao excesso de chuvas na região de produção de grãos, que está atrasando a colheita da soja. E o milho safrinha só pode ser plantado após a colheita da soja, pois no Paraná há uma sucessão bem definida de plantio durante o ano todo.

São vários os prazos de encerramento do milho safrinha no Estado, dependendo da região e do clima. O período mais comum, indicado para regiões com clima mais quente e por isso propício ao plantio, vai até 20 de março. A partir do próximo domingo, dia 20 começa a expirar o prazo em muitos municípios atingidos pela portaria do zoneamento agrícola fixado pelo ministério com base em informações da pesquisa agrícola.

O secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, disse que a prorrogação é fundamental tendo em vista o impacto que uma redução na produção do milho safrinha no Estado pode provocar no abastecimento nacional.

A solicitação para prorrogação do plantio foi enviada com o aval da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

Conforme documento enviado a Brasília, o milho da segunda safra plantado no Paraná influencia o abastecimento do grão no mercado interno e, consequentemente, o equilíbrio nas cotações dos principais produtos consumidos pelos brasileiros, como carnes, leite e derivados. Isso porque nos últimos cinco anos o produtor paranaense praticamente transferiu o maior volume de plantio de milho para o período da safrinha, apesar do risco da cultura.

De acordo com o acompanhamento de plantio e colheita do Departamento de Economia Rural (Deral), apenas 1% da soja foi colhida até agora, enquanto o normal seria pelo menos 3% da safra. De acordo com a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi, os produtores precisam da prorrogação para não perderem o acesso ao crédito rural e ao seguro.

Margorete informa que não só as chuvas foram determinantes para o atraso na colheita da soja. Houve também um retardamento no plantio da soja no verão, o que obriga a cultura a ficar mais tempo no campo. Os meses de agosto e setembro do ano passado, período que antecedeu o plantio, tiveram regimes de chuva abaixo da média e dessa forma os solos não mantiveram umidade na capacidade de campo necessário o início dos plantios nos primeiros dias de outubro, dentro do zoneamento agrícola.

Como o milho safrinha é uma cultura de verão, plantada pouco antes do inverno, tradicionalmente enfrenta desafios durante o seu período de desenvolvimento, como estiagem seguida de geadas. Os produtores paranaenses vêm driblando esses fenômenos climáticos com a ajuda de tecnologia.

Segundo Margorete, na safra 2005/06 a produção brasileira do milho safrinha era de 10,7 milhões de toneladas, correspondendo a 27% da demanda nacional. Conforme a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), para 2011 está prevista uma produção de 21,6 milhões de toneladas de milho safrinha no País, que responde por 46% do consumo nacional.

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