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Paraná proíbe plantio da segunda safra de soja

Medida valerá na próxima temporada e representa uma tentativa de controlar a ferrugem asiática

Fonte: Wanderlei Dias Guerra/Arquivo Pessoal

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) determinou nesta quarta, dia 7, que a partir da próxima safra está proibida a semeadura da segunda safra de soja no estado, em uma tentativa de combater a disseminação da ferrugem asiática nas lavouras. A portaria da entidade estabelece também que os produtores terão de eliminar imediatamente as plantas que estiverem infectadas pela doença.

Em relação ao período de plantio, a Adapar determinou que ele deve ocorrer entre 16 de setembro e 31 de dezembro de cada ano agrícola.

Divergências

Produtores do sudoeste do Paraná expressaram preocupação com a possibilidade de proibição do plantio da segunda safra de soja no estado na semana passada, em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa paranaense.

A audiência foi convocada a pedido dos dirigentes da Cooperativa Mista São Cristóvão (Camisc), de Mariópolis. O presidente da cooperativa, Nelson De Bortoli, se disse preocupado com a possibilidade de que o plantio de soja em safrinha seja proibido. Ele alegou que os municípios de Mariópolis e de Clevelândia dependem dessa cultura, alternativa mais viável economicamente para produtores na região no período da safrinha. Segundo ele, sojicultores já adquiriram insumos para 2015/2016 e podem amargar prejuízo.

Entretanto, a Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) se manifestaram a favor da proibição para evitar a disseminação da ferrugem.

– Toda vez que fomos contra a pesquisa levamos prejuízos – afirmou Nelson Costa, superintendente da Ocepar.

A mesma posição foi adotada por Pedro Loyola, chefe do departamento técnico e econômico da Faep

Atualmente, o vazio sanitário no estado se estende de 15 de junho a 15 de setembro. O vazio estendido, se adotado, busca interromper o ciclo do fungo e diminuir o custo da aplicação de fungicidas. Pesquisadores argumentam que o fungo desenvolveu mecanismos de resistência, os fungicidas disponíveis no mercado perderam eficiência e não há novas moléculas previstas para serem liberadas nos próximos oito anos. 

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