A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) realizou, na semana passada, uma operação visando baixar a incidência de greening nos pomares de citros no noroeste do estado.
O greening é a principal doença da citricultura.
A bactéria causadora, Candidatus liberibacter asiaticus, é transmitida por um inseto psilídeo da espécie Diaphorina citri Kuwayama.
Segundo nota da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, o trabalho foi feito tanto em pomares comerciais quanto em propriedades rurais e urbanas com frutas para consumo familiar.
“Entre as orientações repassadas está a compra somente de mudas certificadas, evitando adquirir e plantar as que são vendidas no comércio ambulante, e o corte voluntário das árvores em que a praga já estiver detectada”, diz a pasta na nota.
Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Blood, o greening é uma doença com potencial para inviabilizar a citricultura no Paraná e em todo o Brasil, com forte impacto na economia das regiões produtoras. Não há tratamento e o controle precisa ser preventivo. “Os citricultores precisam se conscientizar da necessidade da eliminação das plantas cítricas com greening, do controle efetivo do inseto vetor e da eliminação sistemática de plantas doentes”, disse. “Isso é fundamental para reverter a atual tendência de aumento da incidência da praga.”
Na semana passada, o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) divulgou balanço da incidência do greening no cinturão citrícola no Sudeste do País. Segundo o levantamento, a doença avançou e agora cobre 40% dos pomares de citros entre São Paulo e Minas Gerais.
A secretaria informa, ainda, que a Operação Big Citros foi a maior ação de vigilância fitossanitária já feita pela Adapar, com 40 servidores envolvidos diretamente nas ações em mais de 300 pontos georreferenciados de 13 municípios, em propriedades com plantas hospedeiras, tanto em áreas comerciais como áreas não comerciais, pomares abandonados e plantas isoladas.
A área ocupada pela citricultura no Paraná é de aproximadamente 29.200 hectares, sendo 20.700 hectares de laranjas, 7 mil hectares de tangerinas e 1.500 hectares de lima ácida tahiti.
O Valor Bruto da Produção da citricultura somou R$ 826,8 milhões com produção de 842,4 mil toneladas de frutos.