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Paraná terá oito novos centros de pesquisa do leite

Objetivo é aumentar a produção com mais qualidade e melhor remuneração e escoamento do produtoO Governo do Paraná e as Universidades estaduais e federais estão implantando oito centros de pesquisa do leite no Estado. Denominados de Centros Mesorregionais de Excelência em Tecnologia do Leite (CMETL) os locais vão dar suporte à cadeia produtiva com o objetivo de aumentar a produção com mais qualidade e melhor remuneração e escoamento do produto.

Coordenado pela secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior os centros foram distribuídos, estrategicamente, nas regiões produtoras cada um ligado a uma Universidade: Unicentro (Centro), UENP (Norte Pioneiro), UEL (Norte), UEM (Noroeste), UEPG (Campos Gerais), Unioeste (Oeste), UFPR (Curitiba e região Metropolitana) e UFTPR de Pato Branco (Sudoeste).

As estruturas permitirão o apoio ao produtor rural com capacitação e treinamento, melhoria de pastagem, qualidade, processamentos, industrialização e comercialização do leite de produtos do leite e gestão de propriedades rurais são algumas das atividades contempladas pela iniciativa.

? É um esforço para tornar mais competitiva a atividade leiteira paranaense e viabilizar a agroindustrialização para novos mercados interno e externo ? reforçou a secretário Lygia Pupatto.

A secretaria está adquirindo equipamentos para avaliar a qualidade do leite, elaborando um cadastro técnico contendo 82 projetos de pesquisa e 64 trabalhos científicos. Também vai garantir a prestação de consultoria e o treinamento dos produtores.

A previsão é que todas as sedes dos centros sejam inauguradas até março de 2010. Contudo algumas devem ficar prontas antes, como a da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), em Guarapuava, cuja previsão é que seja concluída em novembro deste ano. Este inclusive já iniciou a contabilizar resultados.

? É um impulso para a cadeia produtiva do leite, um setor econômico muito importante do Estado. Vários problemas já estão sendo equacionados ? afirmou o coordenador-técnico do projeto, o médico veterinário e doutor em reprodução Marco Aurélio Romano, da Unicentro.

? O primeiro avanço foi coordenar as informações para alcançarmos o objetivo da iniciativa que é aglutinar pessoas, vocações e competências dispersas para potencializar a utilização dos conhecimentos e assim promover o desenvolvimento tecnológico da cadeia produtiva do leite ? explicou o consultor da secretaria Osmar Muzilli, ao ressaltar que o mote do programa é a melhoria da competitividade e da qualidade do produto paranaense.

? São várias ações acontecendo ao mesmo tempo, como análises e
Consultoria ? explicou o médico veterinário, mestre em ciência animal e doutor em Zootecnia Eder Fagan da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).

Por meio de outros projetos, como o Universidade Sem Fronteiras, a UENP já atende 25 produtores em Cornélio Procópio e cerca de 40 em Jacarezinho.

De acordo com Fagan, com os resultados aparecendo, os produtores estão
procurando informações de como participar dos centros.

? Não estamos dando conta da demanda ? disse.

O professor contou que já foi instalado na universidade um cromatógrafo líquido de alta performance que permite a análise físico-química e microbiológica e toxicológica do leite. Os projetos da cadeia produtiva do leite beneficiam produtores como Antônio Rafael de Almeida, que tem recebido assistência veterinária na sua propriedade.

?Estamos fazendo a adequação às novas normativas do governo federal com a orientação adequada e isso trará mais qualidade ao nosso produto, com certeza. São resultados que aparecerão em longo prazo ? afirmou.

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