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Paraná vive incertezas no clima e na produção

Chuvas irregulares atrapalham o plantio e desenvolvimento da oleaginosa, mas produtores tentam driblar problemas para conseguir boas produtividades

A produção de soja do Paraná ainda é uma incógnita. Alguns acreditam que ela será maior, outros ponderam por conta das instabilidades das chuvas e apostam em uma redução na produção. Por sua vez, os produtores fazem o que é possível para tentar uma produtividade maior e com ela uma margem de lucro satisfatória.

O plantio no estado que vinha em ritmo bastante acelerado, até o dia 31 de outubro, em algumas regiões, sofreu um retardo por conta de instabilidades de chuvas e temperatura. Para se ter uma ideia até o dia 3 de novembro boa parte da região oeste do Paraná recebeu um bom volume de precipitações, enquanto o leste sofria com estiagens, depois desta data a coisa se inverteu.

No meio desta história estavam os produtores que estavam atentos ao clima e ao menor sinal de seca, paravam os trabalhos de semeadura para evitar problemas. Segundo o vice-diretor presidente da regional Norte da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Paraná (Aprosoja-PR), Vitório Venturi, o plantio está praticamente concluído na região norte, entretanto não é possível garantir como será a safra. “Não dá para se falar ainda em problemas. Nós não temos uma reserva grande de água no solo, então a preocupação é a regularização das chuvas”, afirma Venturi.

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No município de Bandeirantes, a estimativa é de plantar 18 mil hectares e o potencial da produção está muito relacionado com o tipo de solo da localidade. Por lá, o teor de argila é superior a 80%, portanto um solo bastante fértil, que reduz inclusive os investimentos em adubação. Por outro lado o manejo deste solo é um pouco mais complicado. Se não chove o solo fica seco e forma torrões. Logo após a chuva a coisa também não é fácil, pois não dá para colocar as máquinas no campo.

Na fazenda da família Cappi, os irmãos Ayrton e Elton começaram a plantar no dia 12 do mês passado. E falta menos de 20% da área para terminar. Mas, isso vai depender da chuva. De qualquer forma, eles estão animados com a safra. Se tudo der certo, acreditam que irão produzir mais que no ano passado. “No ano passado, colhemos mais ou menos 56 sacas por hectare. Se produzirmos umas 60 este ano já fica bom”, garante Ayrton Cappi.

O Departamento de Economia Rural (DERAL) está tão otimista quanto os produtores, com a previsão de uma colheita acima de 18 milhões de toneladas, alta de aproximadamente 7% ante a safra 2015/2016, de 16,8 milhões de toneladas.

Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), fez uma previsão um pouco mais alarmante. A área estimada será de 5,5 milhões de hectares, 4% menor que a safra anterior. Com isso, a produção não deve ultrapassar a casa das 16,6 milhões de toneladas, queda de 1,1% antes as 16,8 milhões do ano anterior. Segundo a Conab esta redução nas áreas são, justamente, decorrentes de problemas climáticos e os produtores acabaram migrando para as culturas do milho e do feijão, que estão com preços atrativos.

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