Há quatro anos, o produtor rural Paulo Gonçalves colhia no máximo 10 toneladas de mandioca por hectare no interior de Goiás. Depois de plantar 15 variedades desenvolvidas pela Embrapa, observou as diferenças no resultado e escolheu duas. A produtividade cresceu 80%.
Outra vantagem é o manejo. Uma das variedades, por exemplo, é menos profunda, o que facilita o processo de colheita manual que é feito pela família. Nas quatro visitas feitas por safra, os pesquisadores trouxeram também novas tecnologias para o plantio e colheita.
? Eles ofereceram ajuda tanto com as variedades quanto com o plantio mesmo. Distância espaçamento, variedade e adubação, tudo ajudou ? relata.
O projeto atendeu mais de seis mil agricultores no Centro-Oeste nos últimos cinco anos. A ideia é que juntos, produtores e pesquisadores continuem estudando o potencial das culturas, só que agora fora dos laboratórios.
? É fundamental a participação conjunta dos dois e que o pesquisador leve em consideração a opinião do produtor ? relata o pesquisador Eduardo Alano.
Os pesquisadores deixam claro, no entanto, que as variedades modificadas não são garantia de melhor rendimento.
? Nós testamos as nossas nas condições da Embrapa, mas nas condições deles a melhor variedade é a deles. A baixa produtividade é por problemas de tecnologias de cultivo ? explica Alano.
? Há um passar das tecnologias paulatinamente quando se vai trabalhando com ele. Sobre a importância de uma análise de solo, rotação de cultura, de trato cultural ? ressalta o pesquisador Josefino Fialho.