Parceria entre governo de São Paulo e Fundecitrus busca combater greening

Segundo a Secretaria de Agricultura do Estado, a doença, que afeta a produção de laranjas, tem crescido na regiãoO governo de São Paulo e  o  Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) estão preocupados com a disseminação do greening. A doença, que afeta a produção da laranja, está crescendo no Estado. Uma parceria entre as instituições quer capacitar os produtores pra que eles inspecionem corretamente a produção e ajudem a controlar a praga.

A doença é transmitida por um inseto e, quando a bactéria se instala, é necessário cortar o tronco e arrancar a raiz. Segundo o agricultor Ângelo Satarosa, muitas pessoas não cuidam dos pomares, o que faz a produção dele e de outros agricultores serem prejudicadas.

O agricultor possui oito mil pés na propriedade e paga R$ 1,50 para arrancar cada árvore afetada. A incidência do greening na propriedade é relativamente baixa, uma vez que Satarosa realiza pulverização e não hesita em arrancar as plantas contaminadas.

Conforme dados da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, em 2010, 1,87% dos pés de laranja da região estavam com a doença. No ano passado, o índice aumentou, chegando a 3,8%. Visando capacitar os produtores e auxiliá-los no controle da doença, o órgão e o Fundecitrus pretendem realizar ações em conjunto para promover o conhecimento sobre o greening.

O Fundecitrus continuará responsável por inspecionar os pomares, mas não vai disponibilizar recursos para os produtores arrancarem as plantas vitimadas pela doença. De acordo com o diretor do grupo de Defesa Sanitária Vegetal, da Secretaria da Agricultura, Euclides Moraes Filho, a erradicação da praga poderia trazer economia aos agricultores, uma vez que não cortar os pés contaminados acaba afetando a produção aos poucos, o que faz com que o agricultor gaste muito em pulverizações.

Os citricultores também devem inspecionar as propriedades e entregar um relatório semestral sobre a incidência de greening nos pomares. A data para a apresentação do documento é dia 15 de julho, mesmo que não haja casos da doença. O relatório deve ser preenchido no site da Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Produtores sem acesso à internet podem se dirigir ao escritório da Defesa Agropecuária da região. A não entrega do documento pode acarretar multa de até R$ 9,2 mil.