Em conjunto, Embrapa e Incra estudam a área que corta os quatro estados, e que abrange mais de 70 milhões de hectares. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre a região, utilizando as tecnologias de cada um dos órgãos.
– Temos um desafio muito grande que é desenvolver ainda mais a agricultura familiar e a boa governança da terra, para isso a parceria do Incra com Embrapa é fundamental – assegura Müller.
Os primeiros resultados do estudo foram entregues na última terça, dia 9, em Brasília, para o ministro, e, segundo Carlos Guedes, o estudo vai facilitar a implementação de políticas públicas na região.
– Estamos trazendo para o ministro o primeiro produto da parceria Incra-Embrapa na área de gestão estratégica territorial. Esta parceria está permitindo que o Incra tenha um conhecimento maior do uso das terras, que já existem no cadastro do instituto. Então, temos que criar condições de avançar na implementação de políticas públicas e com a reforma agrária, com este estudo – afirma o presidente do Incra.
O presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, disse que a parceria com o Incra é fundamental desenvolver os territórios brasileiros.
– Queremos fortalecer os territórios do país usando informações e novas imagens de satélites. Vamos utilizar de tecnologias para vencer os desafios do futuro com um trabalho de inteligência territorial – diz.
Laudemir lembrou que o processo de desenvolvimento rural se dará com mais facilidade a medida em que aumentarem o uso das tecnologias oferecidas pelos órgãos.
– O fundamental é termos novos dados, transformarmos isso em informações para um plano de ação que desenvolva a região inserindo a Agricultura Familiar e a Reforma Agrário numa das regiões mais dinâmicas do nosso pais que é o Matopiba – avalia o ministro.
Matopiba
Matopiba é o acrônimo criado das iniciais dos estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e reúne 31 microrregiões do IBGE, onde estão 337 municípios em uma área total de 73 milhões de hectares. Há na região 250 mil estabelecimentos agrícolas, 46 unidades de conservação, 35 terras indígenas e 781 assentamentos, além de áreas de conservação ainda em regularização, conforme estudos do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite) da Embrapa.