Mangaba, Pequi, Baru, Jatobá, Cagaita e Lobeira são algumas das espécies nativas do Cerrado que vêm recebendo a atenção de cientistas da Embrapa do Distrito Federal. Há quatro anos, uma equipe de pesquisadores em parceria com estudantes da UnB deu início a um projeto de recuperação de áreas degradadas no Planalto Central. A prioridade é o cultivo de espécies que atraiam animais típicos da região.
Numa área de aproximadamente um hectare do Instituto Nacional de Meteorologia os pesquisadores da Embrapa plantaram 1,08 mil mudas de 19 espécies típicas do Cerrado. O mesmo trabalho foi feito em assentamentos de Goiás e Minas Gerais e a expectativa é de que em seis anos algumas árvores já possam ser exploradas economicamente.
Esse é o caso do Baru, uma espécie madeireira com um fruto que pode ser usado tanto na alimentação humana quanto do rebanho.
? Os frutos do Baru caem e o gado, na época da estiagem, se alimenta da polpa. Então é uma espécie importantíssima como planta forrageira. E dentro do caroço existe uma semente que, em termos de sabores, é comparada com a castanha de caju ? explica a pesquisadora da Embrapa Cerrados Fabiana Aquino.
Ela conta também que o trabalho tem despertado o interesse dos produtores da região.
? Temos uma demanda alta de produtores que ligam querendo saber como plantar Baru e Pequi, que são as espécies mais conhecidas. A dica principal é diversificar o negócio porque o produtor terá menor trabalho na hora de manejar e menos pragas e doenças nessa área ? indica Fabiana.