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Parlamentares começam disputa para comando da CPI do MST

Governistas apostam em protelar início; oposição ameaça obstruir votaçõesO governo bem que tentou, mas não conseguiu evitar a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista que vai investigar o repasse de dinheiro público ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Agora, os parlamentares se concentram em definir quem vai assumir o comando da CPI, que não tem prazo para ser instalada. A estratégia da oposição de protocolar o pedido de instalação da CPMI, na véspera da leitura do requerimento, deu certo. Os governistas tiveram pouco mais de 24 horas para convencer os colegas da base a desistirem. Houve pressão também do outro lado. Para evitar uma debandada de assinaturas, os Democratas divulgaram uma lista com nomes de parlamentares que assinaram o pedido.

Para que a CPI Mista fosse criada eram necessárias 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado. Perto da meia-noite, quando vencia o prazo para retirada dos nomes da lista, o governo conseguiu que 23 parlamentares desistissem da investigação. Foi aí que a oposição deu a cartada final: entregou mais 51 assinaturas e garantiu a criação da comissão de inquérito.

? A mobilização nos Estados também funcionou, principalmente em cima daqueles que retiraram a assinatura no outro pedido de CPI ? afirmou o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS).

? Infelizmente a oposição aposta na agenda do conflito. O objetivo da oposição é muito mais eleitoreiro e de conflito do que buscar solução para os movimentos. Criminalizar os movimentos sociais não é caminho para país nenhum ? disse o deputado Henrique Fontana (PT-RS).

Agora a queda de braço vai ser pelo comando da CPI. Com as maiores bancadas, PT e PMDB automaticamente indicariam o presidente e o relator, mas a oposição também quer uma vaga. Como não há prazo para que a comissão seja instalada, alguns governistas apostam em protelar o início dos trabalhos.

? Se em 10 dias, os partidos da base não apresentarem os membros da CPI do Campo, vamos obstruir votações na Câmara e no Senado ? ameaça o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Para pressionar a bancada ruralista, parlamentares ligados aos movimentos sociais prometem estender as investigações a entidades ligadas ao agronegócio.

? Eu entendo, e já falei com alguns assessores jurídicos, que eu posso investigar, por exemplo, a OCB, as cooperativas filiadas a ela. E eu entendo também que posso investigar o Sistema de Cooperativismo, o Siscoop ? retruca o deputado DR. Rosinha (PT-PR).

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