Bittencourt disse que a medida é viável graças à ação do governo do Rio Grande do Sul de desonerar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
? A transformação desse volume de arroz em ração animal ajuda no equilíbrio não só desta safra, mas também no da próxima porque, se fosse para os estoques, esse volume pressionaria os preços para baixo no ano que vem. É uma medida a mais para reduzir o excesso de oferta de produto e aumentar o preço, que ainda está abaixo do preço mínimo ? relatou.
Por ser um produto pouco exportado no mundo, o valor do arroz não foi influenciado pela alta das commodities agrícolas. Há um mês, quando o governo adotou medidas efetivas para “enxugar” o excedente do produto, o preço da saca de 50 quilos era R$ 19, enquanto o preço mínimo estabelecido pelo governo é R$ 25,80.
A meta do governo para forçar a equiparação do preço de mercado ao mínimo estabelecido é incluir nos estoques públicos todo o excedente produzido e ainda aumentar as exportações em 600 mil toneladas, criando um déficit no mercado. Nesse cenário, a proposta de transformar arroz em ração no Rio Grande do Sul, responsável por 60% da produção nacional, foi ao encontro do objetivo do governo.
Além disso, os produtores de aves e suínos do Rio Grande do Sul têm dificuldades no suprimento de milho para a sua criação, o que torna ainda mais importante o uso do arroz como substituto do milho, que está com os preços elevados.