O deputado José Sarney Filho (PV-MA), entretanto, destacou a dificuldade de se conseguir mais prazo.
? Com uma bancada de 13 deputados é impossível adiar senão tivermos o apoio do PT e do governo. Mas acho que vai dar certo ? disse.
Logo depois do café da manhã com os verdes, Marina Silva seguiu para o Palácio do Planalto para tentar negociar o apoio do governo em uma conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.
A ex-senadora e candidata pelo partido à Presidência da República em 2010 ressaltou que o relatório apresentado pelo governo “tem um monte de mudanças e pegadinhas que aparentemente entregam uma vitória com uma das mãos e retiram com a outra”. Por conta disso, é que o PV decidiu mobilizar-se para negociar com setores do governo da área ambiental, partidos e com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
A princípio, Maia conversou por telefone com Sarney Filho e agendou um encontro para as 17h desta terça. Entre as “pegadinhas” citadas por Marina, ela destacou a que viabiliza o pastoreio em reservas legais, o que permitiria a criação de gado, por exemplo, em reservas da Amazônia e da Mata Atlântica.
? O pior de tudo é que o relatório que está sendo apresentado não foi legalmente aprovado nas comissões de mérito. O que vai para votação é um relatório que não foi apreciado nas comissões e não foi mudado [pelos colegiados] ? ressaltou.
Perguntada se o assunto poderia terminar no Supremo Tribunal Federal (STF), ela tem a expectativa que o “bom-senso” faça com que os parlamentares entendam que não há como fazer essa votação.