? Nós colocamos uma previsão de crescimento de 4,5% e já vi gente falando em até 6%. Nós temos um prazo até o final de novembro para definir isso e devemos fazer uma revisão dos parâmetros. Particularmente, teremos um índice acima de 4,5%. Não teria dificuldade de colocar um índice de 5%. Acho que esse índice, hoje, seria razoável e nem um pouco polêmico diante das estimativas que tenho visto ? disse o ministro.
Paulo Bernardo disse, ainda, que o governo está convencido de que o pior da crise já passou e de que o fator principal para que a crise no Brasil não produzisse efeitos tão negativos foi o mercado interno.
? Estamos convencidos de que o Brasil evitou o pior nessa crise não só pelas medidas tomadas pelo governo como a oferta de crédito e a redução de impostos. Porém, o mercado interno foi absolutamente decisivo para que a gente não tivesse um efeito muito negativo. O Brasil entrou mais atrasado na crise e vamos ganhar posições por conta do mercado interno, que continua mais aquecido. Alguns segmentos mantiveram o poder aquisitivo ? afirmou.
Ele também se colocou contrário à redução da meta de superávit primário para o próximo ano defendida pelo relator da proposta orçamentária, deputado Geraldo Magela (PT-DF).
? Nossa posição é diferente porque acreditamos que estamos em uma trajetória de crescimento perfeitamente compatível com a manutenção da meta de 3,3% do PIB [Produto Interno Bruto] ? destacou.
Magela defende que o percentual a ser economizado pelo governo no próximo ano fique em 2%. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida.
O salário mínimo previsto pelo governo para o próximo ano será de R$ 505,90 a serem pagos a partir de janeiro. De acordo com o ministro, esse valor vai produzir um impacto de R$ 8,2 bilhões sobre as contas da Previdência Social.