? É emocionante. Estamos empenhadas em representar as mulheres nessa preparação. Isso mostra nossa força, nossa luta e nossas conquistas ? diz.
Ana Maria vê semelhanças entre a missão dela neste sábado, dia 1º, e a de Dilma na Presidência da República.
? Somos mulheres ocupando cargos que historicamente são ocupados por homens. Por sermos mulheres, temos de mostrar algo a mais [do que eles] para mostrar nossa capacidade ? avalia.
Ela não nega o nervosismo, natural para uma missão tão importante:
? Se eu disser que não estou nervosa, estaria mentindo, mas conseguimos dormir bem à noite ? admite a batedora, que tem quatro filhos e tem dois netos.
? Todos estão muito orgulhosos de mim ? acrescenta a policial.
Durante a escolta, haverá um momento em que um dispositivo será acionado, indicando o momento da formação chamada “de cunha”, compostas apenas pelas policiais. Com isso, haverá uma policial à frente do carro da presidenta, seguida de duas formações lineares, com duas policiais em cada. Em seguida estará o carro da segurança e, atrás dele, a última batedora.
? Já escoltei os presidentes Fernando Henrique e Lula. Mas esta é a primeira vez em que faremos isso durante a cerimônia de posse ? conta Ana Maria.
A paixão de Ana Maria por motos vai além da vida profissional.
? Ando de moto todo momento, seja a trabalho, seja nos momentos de folga. Além de fazer isso para estar sempre treinando, faço isso simplesmente porque adoro ? afirma.
A equipe conta ainda com a colaboração de mais seis batedores, homens, da PRF e de 32 policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar. Haverá também uma van do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) ? com um médico, uma enfermeira e um condutor ? acompanhando a escolta, em caráter preventivo.
? Estamos preparados para tudo. Temos, aqui dentro, uma Unidade de Terapia Intensiva completa ? disse à Agência Brasil a enfermeira da unidade avançada de suporte, Raíssa Cortez.