Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Pela primeira vez na história, Petrobras processa óleo de soja

Para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a transição energética é um caminho sem volta para a companhia

gasolina e disel - petrobras - cládio mastella - fernando frazão
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR), da Petrobras, localizada em Rio Grande (RS), alcançou um marco histórico ao processar, pela primeira vez no mundo, 100% de óleo de soja em uma unidade de craqueamento catalítico fluido (FCC).

A tecnologia, desenvolvida pelo Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação (Cenpes) da Petrobras, permite adotar como carga uma matéria-prima 100% renovável, com inovações de processo e catalisador, gerando produtos petroquímicos integralmente renováveis.

Com isso, a RPR está se preparando para a produção de insumos petroquímicos e combustíveis renováveis, como GLP, combustíveis marítimos, propeno e bioaromáticos (BTX – benzeno, tolueno e xileno).

Para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a transição energética é um caminho sem volta para a companhia: “Estamos fazendo derivados típicos de petróleo, a partir de óleo vegetal. É inovação e transição energética combinadas em benefício do Brasil. É a Petrobras voltando a liderar grandes processos de transformação técnica, econômica e social, com repercussão global”.

Teste

A realização do teste se tornou possível a partir de acordo de cooperação assinado, em maio de 2023, entre as empresas que têm participação acionária na RPR (Petrobras, Braskem e Ultra).

O acordo previa a utilização das unidades da refinaria para a realização do teste com tecnologias desenvolvidas pelo Cenpes.

O teste industrial teve início na última semana de outubro, quando a RPR recebeu o carregamento de duas mil toneladas de óleo de soja e realizou uma parada de manutenção para preparar a unidade de craqueamento catalítico fluido (FCC) para receber e processar a matéria-prima, conforme especificações e orientações do Cenpes.

No dia 1º de novembro, iniciou, então, o processamento da carga 100% renovável, comprovando a viabilidade da operação.

Já está programada para junho de 2024 a realização de um segundo teste, que será por meio do coprocessamento de carga mineral com bio-óleo (matéria-prima avançada de biomassa não alimentar), gerando propeno, gasolina e diesel, todos com conteúdo renovável.

A Petrobras está investindo em torno de R$ 45 milhões para viabilizar a conclusão do desenvolvimento de processamento de carga renovável.

O investimento no teste foi realizado em atendimento às cláusulas de PD&I da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

O biorrefino está chegando

Para o diretor-superintendente da RPR, Felipe Jorge, com a tecnologia da Petrobras, o biorrefino chega como estratégia de transição efetiva para o futuro: “O primeiro passo foi dado. A tecnologia da Petrobras licenciada para a Riograndense vai nos permitir, já no próximo ano, produzir renováveis sem deixarmos de atender nosso atual mercado de produtos e combustíveis”.

Segundo o CEO da Braskem, Roberto Bischoff, “a transição energética passa pelo desenvolvimento de novos processos e produtos com origem em fontes renováveis. Nós estamos comprometidos em atender essa demanda do mercado e da sociedade”.

De acordo com, Marcelo Araújo, diretor executivo corporativo e de participações da Ultrapar, “os resultados do teste na Riograndense representam o enorme potencial da bioindústria no país. Estamos empenhados em fomentar o biorrefino e desenvolver combustíveis renováveis avançados”.

Sair da versão mobile