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Pequenos produtores comemoram abertura oficial da colheita do arroz orgânico no Rio Grande do Sul

Assentados do Incra se dedicam à cultura do grão ecológico há mais de uma décadaNesta terça, dia 4, ocorreu a 11° abertura oficial da colheita do arroz orgânico em Tapes, no Rio Grande do Sul. O dia foi de comemoração para os pequenos produtores do cereal da cidade. Os assentados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária  (Incra) - que se dedicam à cultura do grão orgânico há mais de uma década - participaram da abertura da colheita.

A plantação ecológica não recebe nenhum tipo de agrotóxico. O sistema de produção também não segue normas convencionais. Essa é uma história que deu certo e que já dura 11 anos.

– Não é aplicado herbicida ou veneno. É tratamento natural desde a semente até seu plantio, seu manejo e a indústria – relata o agricultor Emerson Giacomelli.

Quem planta são colonos assentados pelo Incra há 18 anos, em Tapes. O assentamento Lagoa do Junco virou referência no cultivo do arroz ecológico. A lavoura de 200 hectares produz em média 17 mil sacas, aproximadamente 95 sacas por hectare.

– Isso é uma amostra de que é possível fazer as coisas de forma diferente, de forma sustentável. Eles plantam de forma orgânica, com os insumos internos na propriedade, sem depender de fora. Isso tem trazido renda e agregado renda para produtores daqui e de outros assentamentos – afirma o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Cláudio Pereira.

É justamente a união que mantém o trabalho em pé. A Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre é quem realiza a comercialização dos grãos com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e com as prefeituras que utilizam o arroz para a merenda escolar. O acesso à tecnologia é possível graças a investimentos do Incra. Apenas uma unidade de armazenagem tem capacidade estática de 60 mil sacas. O que é pouco para atender quatro assentamentos que juntos produzem 400 mil sacas.

– O arroz orgânico necessita de estrutura especifica. Não tem como plantar, produzir e armazenar junto com o arroz convencional. Tem que ter toda uma estrutura separada do arroz convencional, por isso são importantes os investimentos públicos tanto do Incra como do governo do Estado – declara o superintendente do Incra, Roberto Ramos.

A evolução foi grande em 11 anos, mas os desafios são ainda maiores.

– No campo da formação, entendemos que o agricultor tem que evoluir, conhecer, saber o que está fazendo, ser eficiente no que faz para ter uma boa renda e buscar novos agricultores. Ainda há espaço para crescer e vamos crescer – afirma Giacomelli.

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