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Pequenos produtores querem ter mais acesso à extensão rural

Número de políticas públicas voltadas para o setor ainda é insuficienteDois milhões de pequenos agricultores não têm acesso a serviços de extensão rural no país. O número foi divulgado pela Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer). Este ano, o governo vai investir quase R$ 200 milhões nesta área, mas o número de políticas públicas voltadas para o setor ainda é insuficiente.

O produtor rural Antoninho Munarini trabalhou com a criação de frangos por mais de 30 anos. Hoje, se dedica à produção de leite e ovos na propriedade de Linha Faxinal dos Rosa, no interior de Chapecó. Em três anos, ele pretende triplicar a quantidade de galinhas. A meta não foi estipulada por nenhum técnico agrícola. O produtor trabalha sem orientação dos serviços de assistência e extensão rural de Santa Catarina.

? O que está faltando hoje é uma assistência mais voltada à agricultura familiar. Uma assistência diferenciada, que já existe bastante dentro do Estado, do município. Mas os agricultores de pequeno porte precisam mesmo é uma assistência voltada à produção diferenciada ou buscar alternativas para novas produções ? relata.

O produtor busca sozinho as alternativas para a propriedade. Munarini desenvolveu uma ração para as galinhas a base de grãos úmidos. Mas ele não sabe se a ração é boa ou se é preciso incrementar com outro cereal. Para o presidente da Asbraer, Júlio Zoé de Brito, a assistência técnica oficial pode ajudar no combate da miséria no país.
 
? A exemplo do que nós temos na Embrapa, que organiza a pesquisa, nós precisamos ter um órgão que tenha uma massa crítica. Precisa ter um projeto nacional que possa conversar com os governadores, que perpasse por vários ministérios. Ele deve ter a mesma lógica, que trabalhe na direção de incluir os agricultores familiares no conhecimento, na tecnologia, nas oportunidades, nas políticas públicas ? ressalta.

Segundo a associação, 57% da população mais pobre estão no campo, principalmente no Norte e no Nordeste brasileiro. Um grupo que precisa de conhecimentos de gestão para se manter no mercado.

? Nós estamos falando de dois milhões de famílias que estão excluídos destas políticas públicas, que ficam sem acesso ao crédito. Eu quero aproveitar e fazer um apelo a nossa presidente Dilma, para que olhe a assistência técnica e a extensão rural como uma ferramenta de educação continuada e a principal ferramenta para transformar este homem do campo, para que ele possa ter vida digna e de fato estarmos juntos dando passos para alcançar a meta de ter um Brasil sem miséria ? expõe Brito.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o governo ampliou os recursos para a área. Este ano, serão R$ 189 milhões para a assistência técnica e a extensão rural na agricultura familiar. A meta é universalizar o setor no Brasil com mais tecnologia e qualificação.

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