Estiagem quebrou a produtividade da soja em, pelo menos, 20%, e a situação pode piorar, principalmente para as culturas que estão em fase de floração
Marcelo Lara | Brasília (DF)
A seca provoca prejuízos nas lavouras de soja no Distrito Federal. A perda já é irreversível e pode chegar até 20%. Entre novembro e dezembro, a média histórica de chuvas na região passa de 500 milímetros acumulados. Porém, em 2015, não passou de 100 mm.
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Mesmo que volte a chover, a quebra de safra já está confirmada pelos técnicos da região. A estimativa de perda está entre 15% a 20%. Só que a situação ainda pode piorar, principalmente para as culturas que estão em fase de floração.
– Pela média de produção da região, umas 75 mil toneladas de cereais deixarão de ser colhidas e pode aumentar mais se a seca continuar. Isso preocupa, porque os produtores ficam comprometidos na hora de pagar os recursos que pegaram nas empresas, cooperativas e tradings – afirma o agrônomo Cláudio Malinski.
O produtor rural João Werlang nos mostra a lavoura de 240 hectares de soja que plantou no inicio deste mês. As plantas que germinaram não se desenvolveram. Ele mostra que abaixo da superfície do solo não tem umidade, e as pragas começam atacar, o que aumenta ainda mais os prejuízos. E o mesmo acontece com o cultivo de feijão e milho.
– A lagarta elasmo e outras estão atacando. E o que vou fazer sem umidade? O inseticida não vai funcionar. Isso nunca aconteceu aqui e nem na história você não vê nada parecido – lamenta o produtor rural.
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