Segundo a engenheira agrônoma e mestre em fitotecnia, Lígia Rosseto Lopes, o pratilencus é polífago e usa a maioria das plantas daninhas como hospedeiras. E em algumas daninhas o fator de reprodução é elevado e a população da área pode aumentar muito. De acordo com Lígia, o produtor também tem que estar consciente do controle das plantas daninhas.
Outra boa alternativa de manejo é cultivar, após a colheita da soja, plantas que ofereçam menores condições do pratilencus se reproduzir. Algumas variedades de milheto e crotalária são indicadas. Segundo Lígia, a crotalária spectablis e crotalária ocroleica têm fator de reprodução de 0 e vão penetrar nas raízes das culturas mas não vão se desenvolver. Com o milheto, mesmo que se reproduzam, pode haver redução de população.
Segundo os especialistas, também é importante enriquecer o solo, ampliando as chances de que a planta produza mais. Outro fator fundamental é dobrar os cuidados com o maquinário utilizado na lavoura. O coordenador da Comissão de Gestão da Produção da Aprosoja, Naildo Lopes, afirma que após se utilizar dos maquinários em áreas infestadas é preciso lavar bem os equipamentos antes de colocá-los sobre outras áreas. Não ter esse cuidado, pode causar contaminação.
Na fazenda do produtor rural Adalberto Vicente Schoupinski foram seguidas as orientações técnicas. Ele cultivou crotalária e milheto para reduzir a população de nematóide e usou a cama dos aviários para adubar a área de soja. Por enquanto os resultados são animadores. Segundo Schoupinski a produção voltou a crescer.
Em Mato Grosso, o custo médio das sementes das cultivares de crotalária indicadas para o combate ao nematóide pratilencus varia de R$ 5 a R$ 6 o quilo. As variedades de milheto recomendadas são vendidas por aproximadamente R$ 2,50.
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